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Em prévia do Rock in Rio, show de heavy metal com músicos veteranos agrada público

Na noite de sábado (21), o Allianz Parque teve uma prévia de parte do núcleo de heavy metal que integrará a programação do festival carioca


Por Folhapress Publicado 23/09/2019
Divulgação/Staff Images

Já é uma tradição que bandas participantes das edições do Rock in Rio façam uma esticada até São Paulo para shows. Na noite de sábado (21), o Allianz Parque teve uma prévia de parte do núcleo de heavy metal que integrará a programação do festival carioca, que começa na sexta-feira (27).

Três bandas veteranas dominaram a noite (e as estampas nas camisetas das quase 40 mil pessoas que estavam na arena do Palmeiras): Helloween, Whitesnake e Scorpions.

Antes delas, o sueco Europe esquentou o público. Fora do Rock in Rio, a banda tem um hit estrondoso, a épica “The Final Countdown”, em 1986. Embora fãs mais ardorosos cantem também “Carrie”, de menor sucesso, o Europe é mesmo banda de uma música só. E foi com ela que encerrou um show apenas esforçado, para um estádio ainda meio vazio.

O alemão Helloween tem fã-clube forte no Brasil. O grupo de power metal está numa fase de reconciliação. A formação atual reúne no palco os dois vocalistas que a banda já teve, Michael Kiske (de 1987 a 1993) e Andi Deris (que o substituiu a partir de 1994). Somados ao guitarrista Kei Hansen, que era o cantor nos primeiros anos do grupo, esse coro de três vozes resgata nesta turnê os três primeiros álbuns da banda: “Walls of Jericho” (1985) e os dois volumes de “Keeper of the Seven Keys”, lançados em 1987 e 1988.

Oito das dez músicas apresentadas em São Paulo são originais dessa trinca de discos. E as outras duas também são de álbuns antigos, de 1994 e 1996. Essa viagem nostálgica lavou a alma dos fãs maduros que estavam no estádio, e deve funcionar bem no Rock in Rio. Mas, mesmo com seu melhor material, o Helloween ainda é uma banda de segundo time. No evento carioca, será ofuscada pelo gigante desse tipo de metal, o Iron Maiden.

Whitesnake e Scorpions têm semelhanças fortes. São grupos que começaram a lançar discos nos anos 1970, ganharam projeção na cena do rock pesado e, a partir da década seguinte, migraram para uma espécie de metal mais pop. Suas canções estouraram nas rádios FM e ampliaram seu público para além dos headbangers. E os dois participaram da primeira edição do Rock in Rio, em 1985, no auge da popularidade.

Liderado pelo cantor David Coverdale, que deixou o Deep Purple para fundar o grupo, o britânico Whitesnake é mais hard rock, tem raízes no blues pesado e alterna rocks agitados com baladas de amor derramado. Foram consagradoras as versões de “Is This Love” e “Here I Go Again” no vozeirão de Coverdale, ainda potente aos 68 anos completados um dia depois do show, no domingo (22).

O alemão Scorpions também tem um caminhão de hits para derrubar sobre a plateia. E sabe muito bem como usar tamanha munição. A sequência final da apresentação é devastadora: “Blackout”, “Big City Lights”, a balada “Still Loving You” e o pandemônio “Rock You Like a Hurricane”. Quem tem mais de 40 sabe a letra de todas.

Numa noite de ótimos músicos veteranos e tantos sucessos definitivamente impressos na memória da plateia, tudo deu certo. E o grande momento do Rockfest foi o encerramento do show do Whitesnake. Com a autoridade de quem foi um dos vocalistas do lendário Deep Purple, Coverdale escolheu para fechar um dos clássicos absolutos de sua antiga banda, o hino do metal “Burn”. O público amou.

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