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Comic Con tem 70% de seus visitantes vindos de fora da capital paulista

Segundo os organizadores, o percentual de pessoas que vieram de outras cidades cresceu em relação ao ano passado


Por Folhapress Publicado 08/12/2019
Reprodução/Instagram

Pelo sexto ano seguido, a CCXP (Comic Con Experience) atraiu à capital paulista jovens de todo o país apaixonados pela cultura pop. O evento, que termina neste domingo (8), vendeu 280 mil ingressos para os quatro dias de atração, sendo que 70% dos visitantes são de fora da cidade de São Paulo.

Segundo os organizadores, o percentual de pessoas que vieram de outras cidades cresceu em relação ao ano passado, quando eles totalizavam em torno de 50%. Apesar disso, o estado de São Paulo ainda é a origem da maior parte dos visitantes (72%), seguido por Rio de Janeiro (8%), Minas (4%) e Paraná (3%).

Esse é o caso do militar Lucas Campos, 26, que veio da capital fluminense para aproveitar os cinco dias de evento (os quatro oficiais e a spoiler night, que aconteceu na quarta). Primeira vez no evento, ele pagou R$ 1.300 pelo pacote completo. “O dinheiro mais bem pago da minha vida”, afirmou na sexta (6).

“Como comprei em fevereiro pude parcelar, aí não ficou tão caro assim”, avaliou ele, vestindo seu chapéu e cachecol inspirados em Harry Potter, assim como o amigo Igor Moreira, 26, também militar. Na sexta, os dois faziam planos de dormir na fila para garantir lugar nos painéis de Star Wars e da Marvel no dia seguinte, além de planejar as comprar presentes de Natal no evento.

Segundo a assessoria do evento, foram vendidos 280 ingressos neste ano, o primeiro com entradas esgotadas em todos os dias. As edições anteriores da Comic Con tiveram esgotados os ingressos de um ou dois dias, mas nunca de todos. Em 2018, o total de ingressos vendidos foi de 262 mil.

De Brasília, a psicóloga Daniele Fontoura Leal, 38, disse que vale o investimento, mas é preciso comprar tudo com antecedência. “É a segunda vez que venho, adoro conhecer cartunistas de perto. A galeria dos artistas é demais. Prefiro essa parte do que perder horas em filas das atrações”

Ela conta que pegou pulseira pra HBO, mas não aguentou esperar. “Prefiro curtir mais coisas da feira”.

O estudante João Lucas Pereira, 18, de Goiânia, queria acompanhar o evento em seus quatro dias, mas quando foi comprar, em maio, já não havia entradas para o sábado. “Não tinha mais, mas garanti o ingresso para os outros três dias”, afirmou ele, que pagou R$ 430, fazendo uso da meia entrada.

Na sexta, ele foi vestido de Coringa para aproveitar a feira. Como viajou sozinho para São Paulo, ele ficou hospedado na casa de amigos e afirmou que estava adorando sua primeira experiência na Comic Con, “apesar de alguns painéis meio parados”.

Também de Goiânia, os irmãos Larissa, 21, e Roberto Gerais Freitas, 17, aproveitaram a primeira vez no evento para fazer compras. Com ingressos apenas para sexta, os dois visitavam as lojas de roupas com as mãos cheias de camisetas e meias. Ela, de Friends e Harry Potter, ele, de Star Wars e Sonic.

Neste ano, o evento disponibilizou 65 mil ingressos para cada um dos quatro dias, além de 20 mil para a spoiler night, que acontece na quarta-feira anterior à feira. Além disso, há em torno de 11 mil pessoas que trabalham na Comic Con, circulando (e aproveitam) as atrações, muitos deles chegando mais cedo pra isso.

Foi o caso das vendedoras Luana Maria Ramos, 19, e Gabriela Barbosa de Souza, 21, que chegaram mais cedo todos os dias para aproveitar as atrações nos diversos estandes. Na sexta, elas enfrentaram uma fila de mais de uma hora para ver uma instalação da série “Desalma”, no estande da Globoplay.

As filas e os preços salgados, principalmente das comidas, não assustaram os visitantes. Os militares Lucas Campos e Igor Moreira não se queixaram das opções, restritas a hamburgueres, pizzas e outros snakes, mas destacaram os preços, apesar de serem “normais para grandes eventos”.

Entre marcas mais e menos conhecidas, os visitantes poderiam optar por combos de lanches de até R$ 50, ou por lanchinhos mais modestos, como uma coxinha ou um croissant a preços em torno de R$ 6 e R$ 8. As poucas opções de pratos também não refrescavam muito o bolso.

O jornalista Marco Cavallo, 39, contava à mulher, Lurdes Cogo, 34, que havia pago R$ 38 pelo combo de cada um deles, além de R$ 35 para o lanche do filho, Matteo, 5. “Um pouco salgado”, avaliou ele, que aproveitava o evento pelo segundo ano seguido ao lado do filho, levando a mulher pela primeira vez.

“Os dois são doentes por esses filmes, assistem todo santo dia. É inevitável que eu vire um personagem pra brincar também”, conta Lurdes, ao lado do filho vestido de Deadpool. O pai mostrava com orgulho no celular a coleção de 120 bonecos, entre heróis e vilões, que o pequeno coleciona.

Segundo os organizadores, a divisão de homens e mulheres no evento é muito parecida, sendo 51% dos visitantes desse ano homens e 49, mulheres. Já a faixa etária de 14 a 34 anos é a maioria esmagadora. A divisão é: até 14 (7%), de 15 a 24 (32%), de 25 a 34 (34%), de 35 a 44 (15%) e com mais de 45 (11%).

Os dados de público foram colhidos pela organização a partir de informações que os visitantes dão na hora da compra do ingresso.

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