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SP acumula 389 mortes em 24 horas, bate recorde e aglomeração preocupa governo

Estado registrou, até agora, 11.521 mortes por coronavírus; as UTIs registram 70,6% de ocupação e na grande São Paulo são 77,1%


Por Folhapress Publicado 17/06/2020
Foto: Governo do Estado de São Paulo

O Estado de São Paulo bateu novo recorde de mortes nas últimas 24 horas ao atingir 389 mortes, e as aglomerações preocupam o governo João Doria (PSDB).
Os dados foram apresentados no Palácio dos Bandeirantes, em coletiva sobre medidas contra a pandemia.

Semanalmente, às quartas, a gestão Doria faz um balanço do chamado Plano SP, que trata das ações de reabertura no estado. Dependendo dos índices que alcançarem, as regiões de SP podem tanto ser autorizadas a reabrir novos setores da economia quanto ser obrigada a fechar.

Após o início da flexibilização, as ruas do estado lotaram de pessoas, que fizeram filas para entrar nos comércios.

“Claro que essa aglomeração nos preocupa e muito. As orientações têm sido dadas, têm sido muito claras, quem deve, quem pode sair”, disse. “Esses indicadores que vão apontar se a exposição maior têm sido suficiente para aumentar a transmissibilidade do vírus e mais adiante é que nós vamos verificar se isso está tensionando o sistema de saúde”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do comitê contra coronavírus.

Durante a coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (17), o secretário de Saúde José Henrique Germann informou que o estado registrou, até agora, 11.521 mortes por coronavírus. Com isso, são 389 mortes nas últimas 24 horas, novo recorde de óbitos em um só dia.

Devido um problema técnico no sistema de contabilização de número de casos, o total divulgado não é o número correto, que deve ser divulgado na quinta-feira (18).

Além disso, o secretário informou que no estado de São Paulo as UTIs registram 70,6% de ocupação e na grande São Paulo são 77,1%.

Segundo Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, a taxa de letalidade está caminhando para uma estabilização e o número de casos está acima devido o aumento de testagem.

RESPIRADORES

Durante a coletiva de imprensa, a procuradora-geral do estado adjunta, Claudia Polto, disse que a empresa chinesa que atrasou a entrega dos ventiladores em São Paulo está sob investigação e pode ser punida caso seja provado que teve alguma responsabilidade no atraso da entrega dos ventiladores.

Nesta terça-feira (16), o governo divulgou um cancelamento na compra de 1.280 respiradores chineses, já que os equipamentos deveriam ter sido entregues nesta segunda (15).

Do total, apenas 433 máquinas (34%) desembarcaram no Brasil. O governo paulista pagou antecipadamente R$ 242 milhões e calcula que o valor a ser devolvido pode chegar a quase R$ 180 milhões.

Revelado pela Folha de S.Paulo, o imbróglio dos respiradores de Doria teve início em abril, quando o governo paulista adquiriu 3 mil respiradores chineses por intermédio de uma empresa de brasileiros sediada nos EUA, a Hichens Harrison, que se comprometeu a entregar 500 equipamentos ainda no final de abril e o restante em maio.

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