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Reconstrução mamária é realizada pelo SUS

Fatores comportamentais, genéticos e hormonais podem levar ao câncer.


Por Estadão Conteúdo Publicado 04/12/2019
Divulgação

Nas 2 últimas décadas houve um crescimento importante de mulheres que desenvolveram o câncer de mama. Fatores comportamentais, genéticos e hormonais podem levar ao câncer.

Os fatores genéticos relacionados ao câncer de mama representam no máximo 10% de todos os casos. Quanto aos fatores endócrinos as principais causas são: menstruação precoce, ou seja, antes dos 12 anos, menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos e terapia de reposição hormonal pós-menopausa

Quanto aos fatores comportamentais estão o estilo de vida, o stress, a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso ou obesidade pós-menopausa e uso de hormônios sintéticos em altas doses. Algumas pesquisas recentes apontam o tabagismo como um potencializador.

A partir dos 40 anos, a incidência da doença aumenta em mulheres. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor. Sua taxa de mortalidade é de menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama. A adoção de hábitos saudáveis pode prevenir o câncer. Já o diagnóstico precoce possibilita que as chances de cura sejam muito maiores para a paciente, chegando a 95%.

Também segundo o Instituto, o câncer de mama é o tipo de câncer que mais atinge as mulheres no Brasil. Para o ano de 2019 foram estimados 59.700 novos casos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres. A região Norte é a única do país em que o câncer de mama não é o mais comum entre as mulheres e sim o câncer de colo de útero.

O tratamento principal para o câncer de mama ainda é a remoção ciru´rgica do tumor muitas vezes associado a medicamentos que bloqueiam os hormônios femininos. A cirurgia pode acarretar deformidades na região mamária, muitas vezes de forma impactante na vida das mulheres. Além das cirurgias existe o tratamento com sessões de radioterapia e quiomioterapia.

Com o surgimento dos tratamentos mais modernos, a cirurgia tem se tornado cada vez mais conservadora e também com o aprimoramento das técnicas modernas de reconstrução mamária, essas mulheres têm vivido uma melhora da qualidade de vida, resgatando a feminilidade.

Atualmente a reconstrução mamária é muitas vezes realizada no mesmo instante em que é realizado a retirada do tumor, a chamada reconstrução imediata. A vantagem de reconstruir a mama no mesmo instante que a mastectomia é que o cirurgião plástico consegue visualizar melhor o defeito causado pela retirada do tumor além dos tecidos estarem bons para realização da reconstrução por não apresentarem fibroses causadas pela cirurgia ao longo do tempo.

Existem várias técnicas de reconstrução mamária conforme o tipo de retirada do tumor realizada segundo o cirurgião plástico Dr. Carlos Komatsu, que foi médico chefe do setor de reconstrução mamária do hospital Pérola Bynghton, hospital da mulher do Estado de São Paulo.

O antigo hospital Hospital Infantil e Maternidade da Cruzada Pró-infância foi criado no ano de 1959 pela Doutora Pérola Bynghton com o intuito de cuidar de crianças e gestantes. Após sua morte o hospital da Cruzada mudou de nome em sua homenagem. O Dr José Aristodemo Pinotti que foi secretário da saúde do estado de São Paulo foi o responsável pela transformação do hospital, tornando-se centro de tratamento integral a mulher. Hoje o hospital Pérola Bynghton é o Centro de Referência da Saúde da Mulher

As principais técnicas de reconstrução são através de implantes de silicone ou com o próprio tecido da paciente. Segundo o Dr. Komatsu, utiliza-se tecido do abdômen para reconstruir as mamas se houver gordura sobrando

Importante ressaltar que a reconstrução mamária faz parte do tratamento integral da mulher, ou seja, o SUS realiza essas cirurgias gratuitamente bem como o tratamento complementar do ca^ncer de mama quando necessário, como por exemplo a radioterapia e quimioterapia.

O Dr. Carlos Alberto Komatsu (CRM 59.334), formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1987.  Fez Residência em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da USP. Em 1998 recebeu seu Título de Mestre em Cirurgia Plástica após defesa de tese em sua Pós-Graduação (pela Faculdade de Medicina da USP). Foi também presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional São Paulo. O Dr. Komatsu também realiza tratamentos estéticos e reparadores faciais e corporais, em hospitais de grande porte, com foco no tratamento integral dos pacientes

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