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Endometriose: a grande ameaça às mulheres no século 21

A doença caracteriza-se pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora da cavidade uterina


Por Estadão Conteúdo Publicado 19/06/2019
Divulgação

Dores pélvicas constantes, irregularidades no fluxo menstrual, dificuldade de micção e fadiga devem acender um sinal de alerta para as mulheres. Por mais que a maioria desses sintomas pareça comum e apareça com maior frequência durante a menstruação, eles podem indicar algo mais grave, tal como a endometriose.

Considerada uma doença crônica, a endometriose é facilmente confundida com diversas patologias do aparelho reprodutor feminino e quando não diagnosticada e tratada de forma adequada, reverbera diretamente na qualidade de vida da paciente, bem como em seu potencial fértil.

A doença caracteriza-se pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora da cavidade uterina. Esse tecido pode atingir outros órgãos, sendo os mais comuns o intestino e a bexiga, porém já foram identificados relatos de pacientes que apresentaram tecido endometrial até mesmo no cérebro.  A dor crônica é um dos sintomas de maior impacto na vida dessas mulheres, sendo que essa dor atrapalha até a atividade sexual das mesmas.

Segundo Dr. Bruno Bedoschi, ginecologista obstetra e especialista em Reprodução Humana da Clínica BedMed, diversos são os fatores que podem resultar no desenvolvimento da patologia: “Os principais fatores de risco para o surgimento da endometriose são: nuliparidade, fluxos menstruais intensos, histórico familiar positivo para endometriose, alterações na formatação uterina ou histórico pessoal de doença inflamatória crônica”.

Dr. Bedoschi explica ainda que a porcentagem de pacientes atendidas na clínica e diagnosticadas com endometriose é diretamente proporcional aos dados estatísticos mundiais: “De acordo com dados estatísticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mulheres portadoras de endometriose é de cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva. No Brasil, estima-se que aproximadamente 7 milhões de mulheres têm a doença”

Cuidados relacionados à saúde:

Com base nos dados estatísticos acima mencionados, o ginecologista obstetra alerta aos cuidados que essas mulheres devem ter ao identificarem qualquer irregularidade em sua saúde. O primeiro cuidado é com relação às consultas de rotina ginecológica, que devem ser realizadas, ao menos, uma vez ao ano.

É nessa consulta de rotina que o ginecologista será capaz de identificar o risco potencial para o desenvolvimento da endometriose, bem como procurar investigar mais a fundo a doença, caso a mulher relate sintomas específicos: “A endometriose é uma doença que pode apresentar um amplo espectro de sinais e sintomas, a depender de sua localização e de sua extensão. Portanto, é de extrema importância que cada caso seja avaliado de maneira individualizada para o médico ginecologista poder indicar o melhor tipo de tratamento”, enfatiza o ginecologista obstetra, Dr. Bruno Bedoschi.

Exames como o toque bimanual ou o ultrassom pélvico transvaginal ajudam no diagnóstico da doença, porém existem casos em que a investigação deve ser mais aprofundada, sendo necessária a realização de uma ressonância nuclear magnética da pelve ou, até mesmo, uma videolaparoscopia.

Tratando a endometriose:

Se o foco de endometriose estiver concentrado no aparelho reprodutor feminino, o ginecologista, com o auxílio de medicamentos, tais como o D.I.U. hormonal, consegue controlar ou até minimizar a doença. Porém, quando a extensão da doença for maior, é necessário acompanhamento multidisciplinar: “Quando a endometriose atinge os órgãos adjacentes, tais como a bexiga ou as alças intestinais, o tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar e os custos são mais elevados”.

Os custos do tratamento também variam de acordo com a gravidade e o grau de endometriose: “Dependendo da gravidade da endometriose, o tratamento pode variar e, consequentemente, os custos também. O principal objetivo é sempre tentar realizar um diagnóstico precoce, minimizando possíveis sequelas da doença e reduzindo os custos do tratamento”, conclui o ginecologista obstetra da clínica BedMed, Dr. Bruno Bedoschi

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