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Cuidados que não podem faltar durante o verão vão de protetor solar a alimentação balanceada

É lei no verão: hidratação e filtro solar


Por Nani Camargo Publicado 05/01/2020
Divulgação

Em épocas como o verão, em que a exposição ao sol é mais constante e também mais prejudicial, cuidados básicos como hidratação, proteção solar e uma alimentação balanceada vão além de estética e passam a ser uma questão de saúde.

Para a dermatologista Natalia Cymrot, “devemos dar atenção especial à pele facial no que diz respeito à proteção solar, pois esta é a área mais frequentemente acometida pelos cânceres de pele não melanoma”. Ela também lembra outros problemas comuns no verão, como desidratação, insolação, queimaduras solares e aumento da incidência de micoses de pele.

Questão de hábito para alguns, a rotina de cuidados com a pele, que evitaria todos esses danos, nem sempre é prioridade para algumas mulheres, como o caso da aposentada Dina Barile, 63. Quando o assunto é cuidados com a beleza, ela possui uma relação completamente oposta à da estudante de comunicação Carolina Merino, 21.

Apaixonada pelo universo de “skincare” -termo que chegou ao Brasil em 2018 e faz referência à rotina de cuidados com a pele-, Merino faz parte de uma nova geração de mulheres que prezam pela prevenção contra os problemas de pele. “Com o tempo eu comecei a gostar muito e a minha rotina virou sagrada, uma verdadeira loucura”, conta.

No verão, não é diferente. Merino afirma que não existe chances de sair de casa sem passar no rosto um protetor solar com fator, no mínimo, 50. “Acho que a tendência agora é a gente cuidar mais da pele, usar menos maquiagem. Pro verão essa é a maior sacada, porque isso faz com que você use menos produtos.”

Além da atenção ao rosto, a estudante conta que também procura se hidratar bastante em épocas mais quentes e chega a tomar dois litros e meio de água por dia. “Além de a gente falar de produtos, o mais importante é a água e a alimentação. É o que mais muda”, diz a jovem.

Em contrapartida, Dina Barile, aposentada do INSS e freelancer como vendedora de pacotes de turismo, tem uma rotina diferente. Ela vem percebendo os efeitos nocivos da falta de cuidado com sua saúde desde que teve o primeiro câncer de pele, há 20 anos.

“Em 1999 eu tive o primeiro câncer de pele no colo, e agora, recentemente, um bem grande no nariz. Teve que ser retirado até com cirurgia plástica”, conta. Após o primeiro câncer, Barile enfrentou a doença mais três vezes; em 2009, 2011 e por último 2019.

Para ela, a falta de consciência é um problema de geração. “Sou de uma geração que não se preocupava com os cuidados contra o sol, pelo contrário, a gente ficava torrando desde cedinho até o anoitecer.”

A dermatologista Natalia Cymrot afirma que de fato houve uma mudança de pensamento nos últimos tempos. “A gente não espera mais aparecer um problema, seja estético ou não, para tratar. A gente já previne o aparecimento. Tivemos um avanço nos procedimentos, na tecnologia e no conhecimento em geral. Essa geração está tendo mais acesso a mais coisas do que a geração passada tinha”, ressalta.

Apesar de hoje em dia dar mais atenção ao assunto, Dina Barile diz que ainda não criou o hábito de proteger o rosto, mesmo no verão. “No corpo eu uso bastante hidratante após o banho. No rosto ainda não criei o hábito. Mas já comprei uns produtos que vão começar a me ajudar. Ácido tônico e um hidratante. Vamos ver se eu corro atrás do prejuízo agora [risos].”

 

MITOS SOBRE O PROTETOR SOLAR
Recentemente começou a aparecer uma onda de dúvidas e mitos em relação aos benefícios do uso de protetor solar. Um deles seria o de que o composto oxibenzona (presente nos protetores) seria tóxico e agressivo para a pele.
Segundo a dermatologista Natalia Cymrot, “realmente a oxibenzona ou benzofenona, que protege contra os raios UVB e UVA, tem sido evitada por alguns fabricantes, principalmente por ser mais alérgica. Mas o protetor solar protege contra o câncer de pele, sendo este um consenso entre os dermatologistas.”

Cymrot ressalta que a aplicação do produto precisa ser feita de forma correta, ou seja, deve ser passado 30 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas.
Outro mito em relação ao protetor solar seria ligado ao protetor solar de uso oral. Segundo a dermatologista, este tipo de produto ajuda na proteção, mas nunca deve ser usado isoladamente.

Ainda de acordo com Cymrot, os protetores solares tintos são mais eficientes que os transparentes, pois “bloqueiam a luz visível, que também contribui para o escurecimento de manchas, como o melasma.”

Apesar de ser queridinho por muitos (há quem não resista a um bronze), o sol envelhece. Os raios UVA são os principais causadores da danificação da pele, já que, segundo a explicação da doutora, eles penetram mais profundamente na pele e afetam as fibras colágenas e elásticas, além de contribuírem também para o surgimento de câncer de pele.

 

O CABELO TAMBÉM IMPORTA
Algumas delícias de verão, como banhos de piscina, mar e até mesmo o sol, são capazes de prejudicar o cabelo, segundo a dermatologista Andrea Frange. Para evitar o desgaste, a especialista ressalta a importância de hidratar os fios nesses momentos. “Lavar com água doce fresca para remover o excesso do sal e do cloro é essencial.”

Em comparação com os cuidados com a pele, Carolina Merino admite que nunca foi de cuidar muito dos fios -“no máximo passo creme para hidratar”. Mas, assim como o rosto, é importante aplicar produtos que possuam filtro solar e usar bonés e chapéus para proteger do sol.

“Estudos mostram que radiação UVA, UVB e luz visível causam alterações na cor e perda proteica da fibra capilar. Portanto, essas medidas são aconselháveis”, afirma Frange.
Para os cabelos com química, é preciso ficar atento com a reposição de queratina, proteína que compõe os fios capilares. “Por serem fios mais fragilizados, eles demandam cuidados redobrados. O uso de máscaras naturais e procedimentos nos salões são sempre bem-vindos”, explica a dermatologista.

Especialmente quem tem cabelos cacheados não pode abrir mão da hidratação, pois, segundo Andrea Frange, os fios são naturalmente mais secos. “É bom usar cremes mais hidratantes antes e após a exposição solar.”

Por fim, os cabelos oleosos também podem piorar no verão. A doutora aconselha utilizar xampus mais adstringentes ou aumentar a frequência das lavagens para uma limpeza “mais profunda do couro cabeludo.”

 

FOCO NA ALIMENTAÇÃO
Muito se fala dos cuidados com a pele, mas é interessante pensar também em como os alimentos podem influenciar a saúde na alta temporada. A nutricionista Bruna Mambrini separou algumas dicas para quem procura cuidar da beleza e bem-estar através da alimentação.

 

Hidratação
Água, água de coco, água saborizada (com frutas picadas) são ótimas soluções para o verão. Leve sempre sua garrafinha para não se esquecer de se hidratar.

Alimentos com propriedades antioxidantes
Frutas, verduras e legumes em geral. Brócolis, cenoura, manga, laranja, abobrinha, berinjela, couve, limão. Vá à feira e se delicie com todas as opções naturais.

Vitamina C
Antioxidante, ela participa de diversas reações bioquímicas que nos trarão uma maior disposição. Os que possuem maiores fontes são: acerola, caju, goiaba, laranja e limão.

 

Refeições mais leves
São ótimas opções para almoço e jantar, isso por que uma refeição como uma feijoada (mais gordurosa) automaticamente te deixa menos disposto. Por isso, invista nas saladas bem coloridas e temperadas, uma fonte proteica e uma fonte de carboidratos.

 

Redução da sensação de fadiga
Castanhas, amêndoas, feijões, lentilha, soja e vegetais verde escuros possuem magnésio, que é essencial para reduzir a sensação de fadiga, uma vez que este nutriente atua em diversas enzimas responsáveis pela produção de energia.

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