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Celular e outras máquinas do dia a dia podem propagar coronavírus

Situação similar acontece com objetos feitos de papelão e aço ou ferro


Por Folhapress Publicado 13/03/2020
Marcello Casal Jr/Agência Brasi

Uma pessoa toca o celular, em média, 2.600 vezes por dia, segundo um estudo feito pela Dscout Research. Os celulares, em sua maioria fabricados com plásticos, podem carregar partículas do novo coronavírus por mais de quatro dias.

A cada hora que passa, o número de partículas cai e a chance de infecção diminui. Entretanto, a cada novo toque no aparelho por uma pessoa infectada, é possível que o cronômetro da meia-vida do vírus volte ao ponto de partida.

O biomédico Roberto Figueiredo, que ficou mais conhecido como Dr. Bactéria, recomenda o uso de álcool isopropílico para higienizar aparelhos eletrônicos, como os celulares, mouses e teclados. Esse tipo de álcool pode ser encontrado em lojas de aparelhos eletrônicos.

“O álcool em gel não é recomendado porque ele contém água, isso pode danificar os produtos. Você deve umedecer um pano com álcool isopropílico -cuidado para não encharcar- e passar sobre o objeto uma vez por semana, é um procedimento rápido”, diz.

Situação similar acontece com objetos feitos de papelão e aço ou ferro. Nos ônibus e trens do metrô, por exemplo, as barras de ferro que servem de apoio podem carregar o vírus. De acordo com um estudo publicado em pré-print na plataforma medRxiv, o novo coronavírus sobrevive até 3,6 dias em aço -tempo que pode ser aplicado também ao ferro.

Outro objeto recorrente no dia a dia é a máquina de passar cartão de débito e crédito -e o próprio cartão- que também é feita de plástico e passa por dezenas de mãos todos os dias.

Mas afinal, o que fazer para se proteger em casos nos quais o objeto é de uso coletivo?

De acordo com a professora de infectologia da Unifesp Sandra de Oliveira Campos, o ideal é higienizar as mãos logo após usar a máquina ou chegar em casa depois de utilizar transporte público, lavando as mãos com água e sabão, se possível, ou utilizando álcool em gel.

Apesar disso, Campos diz que a melhor prevenção contínua sendo evitar compartilhar objetos pessoais e ter uma boa higiene das mãos.

“O melhor dos casos é não compartilhar canetas, celulares e outros objetos do tipo. Se apenas você usa o teclado, não há necessidade de limpar o objeto o tempo todo se você lava as mãos. Se mais pessoas utilizam os objetos, o ideal é limpar pelo menos uma vez por dia”, afirma.

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