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Aborto espontâneo: onde está o risco

A idade materna avançada aumenta a chance de problemas no desenvolvimento do feto


Por Nani Camargo Publicado 01/02/2020
Divulgação

O aborto espontâneo acontece a cada cinco gestações detectadas. No caso daquelas que não chegam a ser percebidas, a taxa aumenta para uma a cada três. Está entre as complicações mais comuns da obstetrícia, ocorrendo em aproximadamente 15% das pacientes com menos de 20 semanas de gravidez. 

 

A origem do aborto espontâneo não está, em sua maioria, nos hábitos ou comportamentos da mãe, contudo, o tabu que existe em torno desse quadro clínico pode levar muitas mulheres à desinformação e a traumas emocionais.

 

Segundo a doutora Rosiane Mattar, professora titular do Departamento de Obstetrícia da Escola Paulista de Medicina e coordenadora científica da área na Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP), existem várias causas para a perda precoce do bebê. A mais frequente é a anomalia dos genes e cromossomos durante o crescimento do embrião, podendo resultar em seu óbito ou em alterações no ovo fertilizado. Gestantes com condições crônicas como diabetes não controlada e trombofilias também estão mais propensas a sofrerem aborto.

 

Porém, a gineco-obstetra chama a atenção para alguns fatores de risco. A idade materna avançada aumenta a chance de problemas no desenvolvimento do feto. Aos 45 anos, a probabilidade de perda é 80% maior. Mulheres que já sofreram abortos anteriores, fazem uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas, estão muito abaixo ou muito acima do peso ou possuem anomalias uterinas como endometriose também são alvos dessa condição clínica.

 

“Mas, depois que a mulher engravida, não existe uma forma de prevenir o aborto. Caso venha a acontecer, o ideal é esperar seis meses para tentar engravidar novamente. Nesse meio tempo, é preciso repor o ferro perdido e manter bons hábitos de saúde. O recomendado é que espere, no mínimo, uma menstruação”, aconselha dra. Rosiane.

 

A recuperação geralmente é rápida. O cuidado maior é com a questão psicológica e emocional, visto que é uma perda muito difícil para o casal e principalmente para a mulher. A equipe médica deve ter a sensibilidade necessária para conduzir tanto a chamada “espera vigilante”, onde a paciente libera o material espontaneamente, quanto a intervenção clínica, por meio de aspiração ou pílula

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