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Usina Iracema registra segunda morte de funcionário por coronavírus

Sindicato da categoria aponta desrespeito ao distanciamento mínimo e às condições de higiene e segurança na usina


Por Redação Educadora Publicado 15/07/2020 Atualizado 22/07/2020

Casos de coronavírus na Usina Iracema chegam a 29. A usina também registra a segunda morte de funcionário pela doença. As informações são do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial).

“Pela segunda vez em menos de uma semana, o Stial vem a público demonstrar seu pesar, pelo falecimento de mais um trabalhador da Usina Iracema (Grupo São Martinho), de Iracemápolis. A entidade critica as ações da empresa para conter os efeitos da pandemia, que considera insuficientes”, diz nota enviada pela entidade.

Baldoino Ferreira Santana tinha 61 anos e atuava como ajudante geral agrícola. Na sexta-feira passada (10), a entidade já havia lamentado a morte de Geraldo Roberto Fernandes, 62 anos, operador de máquinas agrícolas. Com mais de 60 anos, ambos faziam parte do grupo de risco do coronavirus, e deveriam estar afastados de suas funções.

“A recusa ao afastamento dos trabalhadores e trabalhadoras do grupo de risco é apenas um dos problemas apontados na empresa. Eles não estão realizando testes nos empregados”, afirmou o presidente do Stial, Artur Bueno Júnior.

Até o último dia 8, havia 29 casos confirmados de trabalhadores contaminados pela Covid-19 na Usina Iracema, e durante reunião com a diretoria, o sindicato apontou desrespeito ao distanciamento mínimo, e às condições de higiene e segurança.

REIVINDICAÇÕES

Em ofício enviado à Usina, o sindicato pede que o contingente de empregados na empresa seja negociado com o sindicato, e que os casos de contaminação de trabalhadores diretos ou terceirizados sejam informados à entidade.

“Queremos a criação de um Comitê Local, com a participação do sindicato, para acompanhamento e elaboração de medidas de combate à covid-19. Além disso, o afastamento remunerado imediato de todos os trabalhadores de grupo de risco, sem prejuízo nos rendimentos”, pontuou o dirigente.

O Stial também quer um programa de testes para empregados da Usina e terceirizados. “Entendemos que a categoria da alimentação é essencial para o país, mas o sindicato não ficará apenas lamentando mortes. Vamos tomar todas as medidas necessárias para a preservação da vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, finalizou Artur Bueno Junior.

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