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‘Toda boa ditadura é precedida de desarmamento’, diz Bolsonaro

Apesar do que diz o presidente, porém, a posse de armas é permitida na Venezuela e o país tem 18,5 armas nas mãos de civis a cada 100 habitantes, mais que o dobro que no Brasil, onde o número é de 8,3 por 100 habitantes, segundo a base de dados do Gun Policy, site ligado à Universidade de Sidney (Austrália).


Por Folhapress Publicado 18/06/2019
Foto: Agência Brasil

No dia em que o Senado pode derrubar decretos presidenciais, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que seu governo vai facilitar a vida de quem quiser ter armas em casa mesmo se os textos perderem a validade.
“Toda boa ditadura é precedida do desarmamento. Você vê: o povo venezuelano não tem como reagir. Se tivesse não estaria acontecendo tudo isso que está acontecendo lá”, afirmou.

Apesar do que diz o presidente, porém, a posse de armas é permitida na Venezuela e o país tem 18,5 armas nas mãos de civis a cada 100 habitantes, mais que o dobro que no Brasil, onde o número é de 8,3 por 100 habitantes, segundo a base de dados do Gun Policy, site ligado à Universidade de Sidney (Austrália). O porte de armas está provisoriamente suspenso no país vizinho desde 2017.

Questionado sobre se o governo possui um plano B caso o Congresso derrube os decretos, ele disse que não, mas que sob seu comando a Polícia Federal vai atuar para facilitar o porte de armas.

“Não tem plano B. Olha só, a PF aqui está sob meu comando, eu sou presidente do Brasil. O grande reclamo do pessoal no passado era comprovação da efetiva necessidade. Eu, como presidente, isso vai ser atenuado porque eu vou determinar junto ao ministro Sergio Moro [Justiça] que tem a PF abaixo dele para a gente. Não é driblar, é não dificultar quem quer que queira ter arma em casa”, afirmou.

Em evento na presença de ruralistas no Planalto nesta terça, Bolsonaro fez novo apelo para que parlamentares “não deixem os decretos morrerem”.

“Não deixem esses dois decretos morrerem na Câmara ou no Senado. A nossa vida é muito importante. Vocês sabem o quanto é difícil produzir neste país e a segurança tem que estar acima de tudo”, afirmou.

O plenário do Senado analisa nesta terça um decreto legislativo que tira a validade dos textos assinados pelo presidente. Na semana passada, o governo já sofreu um revés depois que a CCJ (comissão de Constituição e Justiça) aprovou o parecer pela ilegalidade da flexibilização de armas.

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