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Regina Duarte diz que não é papel do governo fazer cultura para agradar minorias

Atriz disse que não sente nenhum desconforto em relação ao fato de Bolsonaro ser saudosista ao período da ditadura militar no Brasil


Por Folhapress Publicado 09/03/2020
Foto: Palácio do Planalto/ Divulgação

Em entrevista ao Fantástico, Regina Duarte sinalizou que não deve destinar atenção e verbas a grupos minoritários e disse que o dinheiro público deve ser utilizado “de acordo com algumas diretrizes”.


“Você não vai fazer filme para agradar a minoria com dinheiro público.”


Todos estão livres para se expressar, contanto que busquem seus patrocínios na sociedade civil”, disse a secretária especial da Cultura.


Na mesma entrevista, Regina disse que a Lei Rouanet precisa ser democratizada. “O bolo pode ser repartido em fatias mais equilibradas, mais justas, para todo fazedor de cultura, de arte.”


A atriz disse que não sente nenhum desconforto em relação ao fato de Bolsonaro ser saudosista ao período da ditadura militar no Brasil. “Eu estou vivendo a história do meu país do jeito que ela vem. Porque a história ela é… Ela anda.”


Os primeiros dias no cargo foram marcados por “enormes dificuldades”, segundo Regina, que afirmou que há uma facção que quer ocupar o seu lugar. “Quer que eu me demita, que eu me perca”, disse. “Já tem uma hashtag #ForaRegina. Eu nem comecei!”


Nesta primeira semana de gestão, a atriz exonerou nomes ligados à ala olavista do governo. “Exonerações são necessárias. Eu quero ter uma equipe na qual eu possa confiar”, disse.


Entre as exonerações oficializadas está a de Dante Mantovani, da Funarte, a Fundação Nacional de Artes, que é aluno do guru de Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, membro da Cúpula Conservadora das Américas, e já fez declarações ligando o rock ao satanismo.


Uma possível futura demissão é a de Sérgio Camargo, da Fundação Palmares. Nas palavras da secretária, Camargo é “ativista, mais que um gestor público”. No entanto, ela diz que está “adiando esse problema”, para baixar a temperatura. “E logo, logo a gente vai ver.”

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