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Miguel Reale Jr. sobre Bolsonaro: “Não é mais caso de impeachment, mas de interdição”

Coautor do pedido de impeachment de Dilma Roussef avaliou que declarações do presidente revelam "quadro de insanidade das mais absolutas"


Por Redação Educadora Publicado 29/07/2019

O jurista Miguel Reale Jr., um dos signatários do pedido que resultou no impeachment da hoje ex-presidente Dilma Roussef, foi duríssimo ao avaliar as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante esta segunda-feira (29) de que sabia como morreu Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, pai do atual presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e desaparecido durante a ditadura militar, em fevereiro de 1974.

Cobrado para revelar o que disse saber sobre o paradeiro do militante, Bolsonaro sustentou – sem oferecer qualquer prova ou mesmo indício – que não haviam sido os militares os assassinos de Santa Cruz, mas os próprios companheiros do jovem no grupo Ação Popular Marxista-Leninista.

“É um fato gravissímo”, avaliou Reale Jr. durante o programa “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul. “”Estamos realmente num quadro de insanidade, das mais absolutas. Não é mais caso de impeachment, mas caso de interdição.”

“Eu, há mais de ano, dizia que quem fosse democrata não deveria votar em Bolsonaro”, afirmou Reale Jr., fazendo questão de recordar o discuso feito por Bolsonaro, como deputado, na votação do impeachment de Dilma, no qual homenageou o coronel Carlos Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça brasileira como torturador durante a ditadura militar.

“Hoje o presidente da República se sentiu no direito de ofender a todos nós, não só os advogados, mas todos que prezam pelos direitos humanos, provocando o presidente da OAB”, completou.

 

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