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Deputado do PSL ameaça STF: “Se precisar de um cabo, estou à disposição”

Em uma sequência de publicações entre a noite de quinta-feira (7) e a manhã de sexta (8), Silveira insinuou que participaria de uma ação para fechar o STF


Por Folhapress Publicado 08/11/2019 Atualizado 09/11/2019
Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir contra o cumprimento de penas após a condenação em segunda instância, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) usou o Twitter para fazer referência a declaração de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e ameaçar o Tribunal.

Em uma sequência de publicações entre a noite de quinta-feira (7) e a manhã de sexta (8), Silveira, que é cabo da PM do Rio, insinuou que participaria de uma ação armada para fechar o STF.

“Se precisar de um cabo, estou a (sic) disposição”, escreveu. A postagem faz referência a uma declaração de Eduardo Bolsonaro em um curso preparatório para concursos públicos em 2018. Na ocasião, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse: “Se quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo”. Publicizada durante a disputa eleitoral, a fala do parlamentar gerou uma crise na campanha presidencial de Bolsonaro.

Em outras mensagens, Silveira, que é um dos mais fiéis bolsonaristas na bancada do PSL, disse que “o STF é a vergonha do Brasil” e chamou os ministros de “Defensores do crime”.

“Infiltrado” de Bolsonaro

Silveira esteve no centro dos debates políticos do país recentemente, quando admitiu publicamente ter, em meio à disputa pelo controle do partido, se infiltrado no grupo de apoiadores do deputado Delegado Valdir (PSL-GO) para gravar sem conhecimento dos demais as reuniões. Silveira foi um dos deputados que assinaram as listas de apoio tanto a Valdir quanto a Eduardo Bolsonaro na guerra pela liderança do partido na Câmara.

Na reunião, Valdir, então líder da bancada, chamou o presidente repetidas vezes de “vagabundo” e ameaçou “implodir” Bolsonaro com uma gravação.

Silveira foi um dos responsáveis por depredar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018. Durante um comício, ele e o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) exibiram a placa quebrada enquanto o governador Wilson Witzel (PSC-RJ), então candidato, discursava.

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