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Candidato em SP corrige declaração de bens de R$ 15 mil para R$ 5 milhões

Empresário Filipe Sabará, do Partido Novo, é herdeiro do Grupo Sabará, gigante da indústria química com foco na fabricação de cosméticos; ele concorre à Prefeitura de São Paulo


Por Redação Educadora Publicado 23/09/2020
Foto: Reprodução/ Instagram

Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Partido Novo, o empresário Filipe Sabará enviou uma correção da declaração eleitoral de bens feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). De R$ 15,6 mil em bens declarados, a nova declaração de Sabará saltou para R$ 5,1 milhões. O erro, segundo Sabará, teria sido fruto de um “lapso”. As informações foram publicadas na coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

A declaração inicial do empresário, enviada em 19 de setembro, trazia um montante em bens avaliado em R$ 15.686. Sabará é herdeiro do Grupo Sabará, um gigante da indústria química com foco na fabricação de cosméticos, com faturamento superior a R$ 200 milhões nos últimos anos.

Filiados ao Novo criticaram os valores e cobraram de Sabará mais “transparência” em relação aos seus bens. No dia 21 de setembro, Sabará enviou uma retificação ao TSE na qual declara ter, na verdade, R$ 5,1 milhões. Os valores estavam diluídos entre ações da empresa, aplicações e valores em conta.

Na declaração original, as ações da empresa estavam avaliadas em R$ 8 mil, enquanto na retificação passaram a valer R$ 5 milhões. No documento ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Sabará afirmou que a diferença de valores foi um “lapso”.

Na semana passada, Sabará foi repreendido publicamente pelo ex-presidente do partido, João Amoedo. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, no último dia 15, Sabará elogiou o ex-deputado federal e ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, condenado por lavagem de dinheiro. A declaração gerou reação dentro do próprio partido. Amoedo foi às redes sociais para criticar a fala de Sabará.

“A citação de um político corrupto como exemplo de gestão é inadmissível. O ‘rouba mas faz’ fere frontalmente os valores e princípios do Novo. Essa prática não pode ser endossada por ninguém do partido. Espero que o Diretório Municipal de SP tome as providências cabíveis”, disparou.

Durante a entrevista, Sabará evocou o lema que deixou a gestão Maluf famosa, o “rouba, mas faz”. “Fez muita coisa, imagina São Paulo sem as obras do Maluf. Para a população, imagina sem as realizações do Maluf. Para mim, o Maluf foi o melhor prefeito”, afirmou.

Depois da “bronca”, Sabará alegou ter se expressado mal e disse não ser conivente com qualquer tipo de irregularidade. “Peço desculpas por ter me expressado mal na entrevista de ontem ao Pânico na JP. Não sou em hipótese alguma conivente com qualquer tipo de ato ilícito. O melhor prefeito de São Paulo será o que fizer muitas realizações aliadas ao total respeito ao dinheiro público”, escreveu.

As eleições municipais ocorrerão em 15 de novembro, com um segundo turno marcado para 29 de novembro.

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