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Polícia investiga redes sociais da filha de casal carbonizado e da namorada dela

As duas estão presas temporariamente por 30 dias


Por Folhapress Publicado 01/02/2020
Divulgação/Redes Sociais

A Polícia Civil está investigando as redes sociais de Ana Flávia Menezes Gonçalves, 24 anos, filha do casal e irmã do adolescente mortos na terça-feira passada (28), e da namorada dela, Carina Ramos, 26. As duas estão presas temporariamente por 30 dias por suspeita de envolvimento nas mortes dos empresários Romuyuki Gonçalves, 43 anos, e Flaviana Gonçalves, de 40, e do estudante Juan Victor, 15, encontrados carbonizados no porta-malas do carro da família na estrada do Montanhão, em São Bernardo do Campo (ABC).

A quebra do sigilo telefônico foi autorizada pela justiça na tarde desta sexta (31). Segundo as investigações, Ana Flávia trocou o chip de seu celular na véspera do crime.

Na noite de sexta, a polícia voltou à casa da família, no condomínio Morada Verde, em Santo André (ABC), para perícia. A reportagem apurou que a perícia usou o reagente químico luminol e que teria encontrado manchas de sangue no imóvel que não podem ser vistas a olha nu. Manchas já haviam sido encontradas no dia do crime na residência.

A polícia investiga se pai e filho foram mortos na casa da família. Uma testemunha disse em depoimento ter visto na noite de segunda-feira (27) um homem, com cerca de 1,90 metro de altura, ajudando uma das suspeitas a levar grandes embrulhos para o carro da família, um Jeep Compass, que estava estacionado com o porta-malas de frente para a residência.

Um outro homem, com dois capacetes na mão, foi visto na área externa do condomínio. Nenhum deles foi preso.
Um porteiro do condomínio disse à polícia ter visto Flaviana passar com Jeep pela portaria logo atrás do Fiat Palio de Ana Flávia, a 1h15 de terça-feira. O carro da família foi encontrado em chamas por volta das 2h30 com os três corpos carbonizados no porta-malas. A polícia apura se a mulher foi obrigada a dirigir o veículo com o marido e o filho mortos.

Ana Flávia e Carina foram presas na quarta-feira (29), após a polícia apontar contradições no depoimento das duas e imagens de câmeras de monitoramento mostrarem que ambas estavam no condomínio da família antes do crime.
Segundo laudo preliminar, Romuyuki Gonçalves, sua mulher Flaviana, e o filho Juan, 16 anos, foram mortos com pancadas na cabeça.

Já neste sábado (1), a polícia afirmou ter desistido indiciar Ana Flávia e Carina por triplo homicídio qualificado, como anunciado na noite de sexta. Os policiais vão esperar o fim do inquérito policial, que se encerrará em 30 dias.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a Polícia Civil solicitou segredo judicial, que foi concedido, para preservar o andamento das investigações. E que diligências estão em andamento para identificar e prender outros envolvidos.

Defesa O advogado Lucas Domingos afirmou que irá se reunir com mais dois advogados, a partir deste sábado, para estudar o inquérito policial e se articular para realizar a defesa de Ana Flávia e Carina. “A tese da defesa é a de inocência”, afirmou, acrescentando que as duas suspeitas afirmam ser inocentes.

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