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Polícia Federal mira 50 e faz 139 buscas em 12 Estados e no DF por tráfico e lavagem

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de 7 aviões, 5 helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis ligados aos investigados, além do bloqueio de R$ 100 milhões de pessoas envolvidas com o esquema criminoso


Por Folhapress Publicado 18/08/2020
Operação Além-Mar
Foto: Denny Cesare/Código 19/Folhapress

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na manhã desta terça (18) a Operação Além-Mar para investigar um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A ofensiva mira quatro organizações criminosas que atuavam de maneira conectada e foram responsáveis pelo envio de toneladas de cocaína para a Europa via portos brasileiros, especialmente o de Natal.

Cerca de 630 agentes cumprem 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão – 20 preventivas e 30 temporárias – expedidos pela 4ª Vara Federal de Pernambuco.

As atividades são realizadas em Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.

A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de aviões (7), helicópteros (5), caminhões (42) e imóveis (35) urbanos e rurais (fazendas) ligados aos investigados, além do bloqueio de R$ 100 milhões de pessoas envolvidas com o esquema criminoso.

Segundo a PF, prisões em flagrante e apreensões de drogas ao longo das investigações caracterizaram um modus operandi dividido em três fases: Internação da cocaína pela fronteira com o Paraguai e armazenamento no interior de São Paulo; Transporte interno da droga para as regiões de embarque marítimo e armazenamento em galpões; transporte internacional mediante embarque da droga em navios de carga (contaminação de containers) ou veleiros.

A primeira organização criminosa investigada foi estabelecida em São Paulo e ‘importa’ a cocaína pela fronteira com o Paraguai, transportando a droga por via aérea até o Estado de São Paulo e distribuindo-a no atacado para organizações criminosas estabelecidas no Brasil e na Europa.

A segunda, sediada em Campinas, é parceira do grupo paulistano e recebe a cocaína internalizada no território nacional para distribuição interna e exportação para Cabo Verde e Europa.

A terceira orcrim, estabelecida em Recife, é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão cooptados e provê a logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos contêineres.

A quarta organização criminosa, também é sediada em São Paulo, na região do Brás, e atua como banco paralelo, disponibilizando sua rede de contas bancárias – titularizadas por empresas fantasma, de fachada ou em nome de ‘laranjas’ – para movimentação de recursos de terceiros, de origem ilícita, mediante controle de crédito/débito, cujas restituições se dão em espécie e a partir de TEDs, inclusive com compensação de movimentação havida no exterior (dólar-cabo).

A Polícia Federal informou que durante a fase sigilosa das investigações foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa, relacionados ao esquema criminoso.

Segundo a corporação, dentre esses presos estava um traficante que ficou foragido da justiça brasileira por 10 anos e era procurado pela Polícia Federal e pela National Crime Agency (NCA) do Reino Unido. Ele foi preso em Jundiaí em março de 2019.

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