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Polícia de SP investiga se ouro roubado em aeroporto foi para China

A polícia identificou o mentor do roubo do ouro do de Cumbica. Na investigação, Pasqualini, 55, está sendo chamado de "Professor", em alusão ao personagem que lidera um bando de ladrões na série "Casa de Papel"


Por Folhapress Publicado 06/08/2019

A polícia de São Paulo identificou o mentor do roubo do ouro do terminal cargas de Cumbica no fim do mês passado. O suspeito é Francisco Teotônio da Silva Pasqualini, conhecido como “Velho”, condenado e preso por roubo a carros fortes desde do início dos anos 1980.

Na investigação, Pasqualini, 55, está sendo chamado de “Professor”, em alusão ao personagem que lidera um bando de ladrões na série “Casa de Papel”, da Netflix, desenvolvendo o plano e treinando a gangue sem precisar entrar nos locais onde os assaltos acontecem.

“É uma boa comparação [com o professor de “A Casa de Papel)”. Até porque ele não participa da parte operacional. Ele fica na casa rendendo a família do funcionário”, disse o delegado Pedro Ivo Corrêa, titular da delegacia de roubo a bancos.

De acordo com a polícia, o “Professor”, que está sendo novamente procurado pela polícia, teve a ideia do roubo.

Ele seria cunhado de Peterson Brasil, um dos funcionários do terminal de cargas presos pela polícia. Ele é suspeito de cooptar outro Peterson –Peterson Patricio, o funcionário que primeiro alegou ter tido a família mantida refém para que desse informações sobre o ouro no terminal, e, uma vez desmascarado pela polícia, confessou integrar o bando. Os dois Petersons são amigos de infância.

A polícia deu outros detalhes do crime na tarde desta terça e analisa se um quilo de ouro encontrado nesta semana com um comerciante chinês é parte da carga roubada.

A principal hipótese, conforme a Folha antecipou, é que o ouro esteja sendo enviado a conta-gotas para a China, onde o preço do produto é 67% maior. Estima-se que a carga roubada valesse cerca de R$ 120 milhões de reais no Brasil –e R$ 200 milhões na China.

O montante roubado também foi recalculado pela polícia: seriam 770 quilos. Foram mapeados mais 51 quilos, além de 15 quilos de esmeraldas, possivelmente em estado bruto. A polícia estima que as pedras valham US$ 25 mil (R$ 100 mil). Havia também 18 relógios e um colar.

O roubo consumiu R$ 1 milhão dos assaltantes –eram ao menos oito deles– e longo planejamento. A ação no aeroporto durou dois minutos e meio e foi captada pelas câmeras de segurança. Ao menos duas pessoas envolvidas (os Petersons) eram funcionários do terminal.

Até agora, exceto possivelmente pelo quilo de ouro cuja origem está sendo verificada, a polícia não conseguiu achar a carga roubada.

A carga seria levada por avião para os Estados Unidos (a maior parte) e para o Canadá. Parte do ouro pertencia a Kinross Paracatu, mineradora instalada em Minas, que faz parte de um grupo canadense, mas não foi especificado quanto.

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