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Operação sobre venda de remédios em SP encontra armário com mais de R$ 8 mi

Objetivo da investigação é apurar um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro com a distribuição e venda de medicamentos no estado de São Paulo


Por Folhapress Publicado 01/10/2020
Foto: Divulgação/MP, Secretaria Estadual da Fazenda e Receita Federal

Um armário com mais de R$ 8 milhões em dinheiro vivo foi encontrado nesta quinta-feira (1º) em um imóvel em Santana de Parnaíba, no interior de São Paulo, um dos alvos de mandados de busca e apreensão da segunda fase da Operação Monte Cristo.

O local é a residência de um dos sócios de uma rede varejista de farmácias.
A operação foi realizada em ação conjunta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Secretaria de Estado da Fazenda e do Planejamento de SP, a Superintendência da Receita Federal e a Procuradoria-Geral do Estado, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.

O objetivo da investigação é apurar um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro com a distribuição e venda de medicamentos no estado. O promotor responsável pelo caso é Alexandre Castilho.

Foram 88 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Os alvos são as distribuidoras de medicamentos Medicamental, Navarro, Dismed, TFarma e Divamed, as redes varejistas Bifarma e Campeã, e a associação de distribuidores Abradilan.

Segundo as autoridades, as empresas investigadas estavam supostamente envolvidas em um esquema de fraude fiscal que visava adquirir produtos no estado de Goiás e distribuir os medicamentos sem o recolhimento do ICMS na entrada da mercadoria no estado de São Paulo.

As autoridades estimam que as fraudes investigadas tenham causado um prejuízo de aproximadamente R$ 10 bilhões aos cofre públicos nos últimos seis anos.

A investigação se originou no acordo de colaboração premiada firmado com investigados da primeira fase da Operação Monte Cristo, que foi deflagrada há três anos e tinha como alvo a rede de farmácias Farma Conde, na região do Vale do Paraíba.

Os acordos celebrados trouxeram detalhes do suposto esquema de fraude fiscal e efetuaram pagamentos de débitos fiscais estaduais e federais de aproximadamente R$ 340 milhões.

As autoridades afirmam ainda que os colaboradores delataram a participação da indústria farmacêutica em outros tipos de fraudes, bem como a participação de uma associação nacional de distribuidores de medicamentos nos esquemas criminosos.

Em nota, o grupo Bifarma afirma que “jamais praticou qualquer irregularidade” e que está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários. A empresa diz ainda que pediu acesso às investigações, às quais ainda não obteve acesso.
Procuradas pela reportagem, as demais empresas não responderam até a publicação.

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