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Mutilação a animais em São Paulo é investigada pela polícia

Alguns tiveram orelhas cortadas, olhos perfurados e patas mutiladas. Outros foram envenenados, atropelados e até mortos com tiros.


Por Folhapress Publicado 21/09/2019

Uma onda de ataques a animais tem assustado moradores da zona sul de São Paulo e mobilizado a polícia. Desde junho, cães e gatos vêm sendo mortos e torturados na região do Conjunto Habitacional Brigadeiro Faria Lima, no bairro do Grajaú.

Entre os relatos, alguns tiveram orelhas cortadas, olhos perfurados e patas mutiladas. Outros foram envenenados, atropelados e até mortos com tiros.

Os animais sobreviventes foram resgatados e estão sendo mantidos em lares provisórios. Os mortos foram enterrados em um terreno baldio na região pelos próprios moradores.

Vítima de ataque, o gato Francisco foi encontrado com a cauda e patas queimadas por fogo.

Já a moradora Maria (nome fictício), que teve medo e não quis se identificar, encontrou sua gata Chiquinha com o olho perfurado.

Após maus-tratos, moradores passaram a acolher e alimentar animais

“Eu moro em frente à casa da minha filha, então a Chiquinha tinha o costume de ir lá. Um dia ela saiu e voltou com o olho perfurado. Tivemos que amputar um olho dela. Agora ela não sai mais de casa.”

Com ajuda de um grupo de protetores de animais, conseguiu bancar o tratamento do animal. Ela ainda relata ter visto um carro atropelar um cachorro de madrugada e fugir.

A bibliotecária Claudia Chamas, 52, do grupo Protetoras do Abrigo Azul, é uma das pessoas que têm denunciado os maus-tratos. Ela diz que os principais alvos são animais em situação de rua. Segundo ela, o abandono de bichos se tornou uma rotina.

“Que tipo de pessoa dá uma facada em um cachorro? As mesmas pessoas que estão machucando os animais passaram a agir não só na calada da noite, mas também durante o dia, cortando-os, perfurando olhos, mutilando patas. Um verdadeiro horror”, completou Claudia.

Esses tipos de ações acontecem com frequência no bairro. A comunidade no Grajaú se divide entre prédios baixos e casas de alvenaria. O chão é de barro e de difícil acesso. No dia em que a reportagem esteve no local, foi possível ver ao menos 20 cães e gatos espalhados pela região. Muitos estavam sujos e assustados.

Silvana Andrade, presidente da Anda (Agência de Notícias dos Direitos Animais), afirma que as autoridades não dão importância para os animais.

“Nós temos uma grande dificuldade com dados estatísticos. Espero que as autoridades comecem a relacionar e a cobrar pela morte de um animal assim como se cobra respostas pela morte de um ser humano. Alguns países já fazem isso”, afirma Silvana.

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