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Casos de coronavírus no mundo vão de 1 milhão a 2 milhões em 13 dias

Até esta quarta (15), as mortes mais que dobraram, chegando a 128,8 mil, aumento de pelo menos 147%


Por Folhapress Publicado 15/04/2020

O coronavírus demorou cerca de quatro meses desde os primeiros casos registrados na China para infectar 1 milhão de pessoas no mundo, o que aconteceu em 2 de abril. Para esse número dobrar para 2 milhões, no entanto, foram necessários apenas 13 dias.


O número de infectados atingiu 2 milhões nesta quarta (15), segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.


Quando o primeiro milhão foi registrado, contavam-se 52 mil mortes. Até esta quarta (15), as mortes mais que dobraram, chegando a 128,8 mil, aumento de pelo menos 147%.


Ao menos 185 países já foram afetados e a velocidade com que o vírus se espalha aumenta.


Os EUA, o país mais impactado do planeta, somam mais de 600 mil casos e 26 mil mortes, seguido pela Espanha, com 177,6 mil casos, e Itália, com 162,4 mil.


Desde 2 de abril, quando foi atingida a marca de 1 milhão de casos, são em média 153 mil novos infectados por dia no mundo.


Uma das explicações o aumento da velocidade dos novos casos pode ser a transmissão sustentada em mais locais. Quando esse tipo de transmissão do vírus começa, os casos tendem a aumentar rapidamente e torna-se difícil rastreá-los.


No Brasil, a transmissão sustentada foi confirmada no dia 12 de março. Na ocasião, o país tinha 77 casos confirmados. Nesta quarta (15), pouco mais de um mês mais tarde, o país tem mais de 25 mil doentes e ultrapassou as 1.500 mortes.


Um estudo realizado pelo Nois (Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde) da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica) projeta que, no cenário mais otimista, o Brasil deve atingir 35,9 mil casos até o dia 24 de abril. Já o cenário pessimista indica cerca de 40,5 mil casos.


A marca de 2 milhões de infectados no mundo vem em um momento difícil para muitos países. Enquanto os membros da União Europeia estudam começar a afrouxar a quarentena, países da América Latina, como o Brasil, ainda se preparam para o pico da doença, quando os casos devem aumentar a um ritmo ainda mais acelerado.


Quase todos os países enfrentam problemas estruturais como a falta de leitos comuns e de UTI e o despreparo para situações emergenciais de nível global.
Também vem ficando mais claro que os mais pobres e marginalizados são mais atingidos. Em Nova York, nos EUA, por exemplo, os negros representam a maior parte das vítimas. No Brasil, um em cada quatro infectados pelo Sars-CoV é negro (preto ou pardo). Entre os mortos, os negros são um a cada três. As informações são do Ministério da Saúde.


O Brasil também vive outra crise, política, sobre se o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, será demitido e como ficará a gestão da pandemia no Brasil.
A expectativa é de que Mandetta seja exonerado até o fim desta semana. O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta quarta que “resolverá a questão da Saúde” para que seja possível “tocar o barco”.

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