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Vereadora Carolina Pontes, de Limeira, é denunciada no MP por “rachadinha” e suposto documento falso de ex-assessor

Segundo denúncia, ex-assessor da parlamentar teria apresentado um documento falso à Câmara de que este estaria cursando ensino superior - exigência para poder assumir o cargo; parlamentar nega irregularidades


Por Nani Camargo Publicado 13/07/2020 Atualizado 16/07/2020
Foto: Roberto Gardinalli

A vereadora de Limeira Carolina Pontes (PSDB) foi denunciada no Ministério Público (MP) sobre supostas irregularidades que ocorreriam em seu gabinete, na Câmara de Vereadores.

Assinada pelo professor Wanderson Claiton Pires Rosa Franco, a representação aponta duas situações contra a parlamentar: suposta “rachadinha” entre seus assessores – prática irregular em que o político fica com parte do salário de seus nomeados em cargos de comissão -; e que um ex-assessor da vereadora, Lucas Henrique da Silva, teria apresentado um documento falso em relação a estar matriculado em um curso superior.

Lucas foi nomeado por Carolina em dezembro de 2017 e ficou por cerca de nove meses no cargo de assessor legislativo, cujo salário, à época, era de R$ 4,2 mil. Pela lei vigente, o cargo de assessor tem algumas exigências, como ter segundo grau completo, curso superior ou “estar cursando ensino superior”. De acordo com a denúncia, teria sido apresentado à Câmara um atestado “supostamente expedido pela FAAL (Faculdade de Administração e Artes de Limeira), dando conta de que Lucas estava regulamente matriculado naquela instituição, cursando o 7º período do curso de administração”. No entanto, este documento seria falso, já que o ex-assessor, segundo a denúncia, não teria curso superior e nem mesmo chegou a estudar na faculdade.

A Educadora falou com o denunciante, que disse que fez a representação para dar sua “contribuição como cidadão”. “Enviei as informações para que o MP avalie se deve investigar ou não. Não agi levianamente, mas os indícios de irregularidades são contundentes e fiz minha parte como cidadão. Agora, é o MP que vai decidir sobre esse caso”, declarou.

A Educadora também falou com a vereadora Carolina, que se manifestou por meio de nota. “Até o presente momento não fui citada, mas pelo que tem chegado a mim extraoficialmente, estou sendo acusada de ter nomeado um assessor de forma irregular com entrega de documento falso, além da prática de rachadinha. O que posso dizer é que nunca peguei um centavo sequer de nenhum dos meus assessores e, acerca da documentação, desconhecia a entrega de qualquer documento ou declaração que não fosse legítimo. O RH é extremamente rigoroso no processo de nomeação e todos os trâmites até hoje foram praticados conforme orientações da Secretaria de Administração e Finanças da Casa. O que me parece é uma tentativa de macular a minha imagem, já que uma de minhas principais bandeiras é o combate à corrupção. Algo que me chama a atenção é o fato de estarmos em ano eleitoral e participarmos de um processo político. Registro que estou à disposição da imprensa e da Justiça para todos os procedimentos que se fizerem necessários”, declarou Carolina.

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