Trabalhadores aprovam acordo das horas de percurso na Ajinomoto, diz sindicato
Pela proposta aprovada, cada empregado e ex-empregado receberá R$ 215,03 por mês trabalhado, diante de um trajeto com duração estabelecida em 20 minutos, calculado pelo salário médio dos empregados na unidade
Os empregados e ex-empregados da Ajinomoto de Limeira aprovaram, durante votação na terça (14) e quarta-feira (15), o acordo referente à ação do Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região) sobre as horas de percurso. Foram mais de 98% dos votos favoráveis – dos 1.206 votantes, 1.108 aprovaram a proposta.
“O resultado expressivo nos dá mais legitimidade e a certeza de que estamos percorrendo o caminho certo. Isto traz tranquilidade para o sindicato continuar trabalhando nestas ações”, afirmou o presidente do Stial, Artur Bueno Júnior.
Pela proposta aprovada, cada empregado e ex-empregado receberá R$ 215,03 por mês trabalhado, diante de um trajeto com duração estabelecida em 20 minutos, calculado pelo salário médio dos empregados na unidade. Agora, o Stial apresenta o resultado da votação ao Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (CEJUSC -TRT5), em mais uma audiência de conciliação que ocorreu na sexta-feira (17).
Antes da votação desta semana, duas assembleias virtuais haviam sido realizadas com os trabalhadores, reunindo quase 200 empregados e ex-empregados. Cada um deles pôde dar sua opinião e esclarecer suas dúvidas a respeito da oferta da empresa. Além da advogada da entidade, Yoko Taira, as assembleias contaram com o suporte da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins).
“Gostaria de parabenizar os trabalhadores e toda a equipe do sindicato pelo processo, que superou os dilemas da pandemia para buscar uma posição transparente junto à sua categoria”, apontou o presidente da confederação, Artur Bueno de Camargo.
HISTÓRICO
A ação do Stial cobra o pagamento das horas de percurso da Ajinomoto pelos 5 anos anteriores à Reforma Trabalhista, que em novembro de 2017 extinguiu esse direito. A Justiça de Limeira deu ganho de causa aos trabalhadores, mas a empresa apresentou recursos.
“Realizamos as audiências de conciliação sempre com muita transparência aos trabalhadores e flexibilizamos onde era possível, para uma proposta de acordo razoável aos empregados. Sempre firmamos posição, porém, sobre um mínimo negociável”, explicou a advogada do sindicato, Yoko Taira.
Além da CNTA, o Stial contou com apoio da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo) e da UITA (União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação).
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