Prefeito de Limeira diz que contrato emergencial do transporte ocorrerá em até 100 dias
Mario Botion citou que medidas são para evitar colapso do sistema
O prefeito de Limeira Mario Botion (PSD) anunciou na manhã desta quarta-feira (26) durante entrevista coletiva que a Prefeitura abrirá contratação em caráter emergencial de uma nova empresa para atuar no transporte coletivo de Limeira. Com a medida, o processo de intervenção no serviço antes operado pela Viação Limeirense se encerrará. “Trouxemos a intervenção no limite para garantir que o serviço continuasse sendo prestado”. explica o prefeito. “Agora, temos que sair dela sob risco de colapso no serviço”, concluiu, conforme divulgado pela Secretaria de Comunicação.
A contratação em caráter emergencial de uma nova empresa será concluída em um prazo de 90 a 100 dias, segundo informou o prefeito e o corpo jurídico da Prefeitura – quando então, a intervenção será encerrada. A licitação para o contrato emergencial segue rito diferente de processos ordinários de concorrência, daí o fato de o tempo ser abreviado. “Em aproximadamente 100 dias, a nova empresa já estará nas ruas”, disse Botion.
Inicialmente, o contrato emergencial será celebrado por 180 dias. A Prefeitura exigirá ônibus com tempo de vida útil menor do que aqueles que estão operando atualmente. Além disso, a empresa interessada deverá oferecer veículos adaptados, refrigerados e com sistema de wi-fi. “Temos convicção que o serviço vai melhorar, mesmo ele ocorrendo por meio emergencial”.
De forma paralela ao contrato emergencial, a Prefeitura de Limeira dará sequência as medidas necessárias para a abertura de um edital de licitação definitivo para o transporte coletivo de Limeira. Botion lembrou que, para tanto, se faz necessário aguardar a conclusão do plano de mobilidade – previsto para outubro. “Tomaremos como base as diretrizes apontadas pelo plano para a confecção final do edital. Daí sim o sistema de transporte coletivo será oferecido em caráter definitivo”, observou o prefeito. Botion acredita que o edital definitivo deverá ser aberto em dezembro.
Veja entrevista de Botion à Educadora durante a coletiva:
HISTÓRICO
Antes de fazer o anúncio na coletiva, o prefeito apresentou à imprensa um histórico do que ocorreu com o transporte coletivo de Limeira. Botion citou que, em 2 de janeiro de 2017 – como primeiro ato de seu governo – foi criada uma comissão para estudar e avaliar a situação do serviço. “Estávamos com dois agravantes, não havíamos recebido informações durante a transição de governo e a gestão passada não havia aberto licitação a tempo para que o serviço continuasse a operar sem problemas”, frisou.
Em abril, duas situações determinantes fizeram com que o atual governo decretasse a intervenção. O prefeito lembrou que a Viação Limeirense se negou a passar ao Poder Público as informações da operação da bilhetagem eletrônica. A greve geral dos funcionários da empresa foi o estopim que levou a Prefeitura a decretar a intervenção.
O prefeito reforçou que a intervenção tem a finalidade de manter o serviço. “O procedimento não tem objetivo de sanear a Viação Limeirense, não era esse o objeto da medida”, declarou. “Tínhamos que dar segurança ao cidadão que usa ônibus”, declarou.
Durante a intervenção, por outro lado, os problemas se avolumaram, citou a Prefeitura. Proprietários da empresa deixaram de pagar credores – especialmente linhas de financiamento dos ônibus. Com isso, ônibus foram retirados gradativamente por meio de ações de busca e apreensão. Foram 8 ainda em 2017, posteriormente mais 12 e, recentemente, houve a busca de 32 em um processo que corria sob sigilo.
Com a iminência de colapso no sistema, a Prefeitura decidiu partir para a contratação emergencial.
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