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“Indústria da multa” em Limeira: após 1 mês, contratos ainda estão vigentes e Cobrasin fala em manipulação

Com as defesas das empresas dos três contratos, Prefeitura diz que fará análise dos argumentos para tomar medidas


Por Renata Reis Publicado 12/02/2020
Foto: Educadora

Completa um mês nesta quinta-feira (13) a revelação, pela Rádio Bandeirantes da qual a Educadora é afiliada, do caso que ficou conhecido como “indústria da multa” em Limeira. No dia seguinte ao escândalo, o prefeito Mario Botion (PSD) anunciou, em coletiva à imprensa, o rompimento de três contratos referentes à fiscalização por radares (Consórcio Limeira Segura – empresas Velsis e Sentran); processamento de multas (Cobrasin) e de sinalização de trânsito e semaforização (Consórcio Onda Verde – Cobrasin e Sinalizadora Paulista). Os contratos continuam vigentes, o que motivou nova reportagem de Agostinho Teixeira da Rádio Bandeirantes.

Ouça a reportagem de Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes, transmitida nesta quarta-feira (12):

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A Educadora teve acesso às defesas apresentadas em procedimento administrativo instaurado pela Prefeitura de Limeira para embasar o rompimento dos contratos. Entre outros apontamentos, as empresas defendem a lisura dos contratos. Uma das empresas que presta serviço de gestão dos radares, a Centran, diz que a “denúncia foi unicamente baseada em uma conversa entre o jornalista Agostinho Teixeira e o Sr. Murilo, um funcionário da empresa Cobrasin que fez ilações falsas questionando o procedimento da instalação de radares e da cobrança de multas no Município de Limeira”.

A defesa da Cobrasin atribuiu culpa ao veículo de comunicação que denunciou o caso: “[…] exatamente como a Prefeitura de Limeira, [a empresa Corasin] também é vítima do embuste urdido pela Rádio Bandeirantes”.

Cita o funcionário Murilo Favero, que fez revelações em conversa gravada com o jornalista Agostinho, e diz que interlecutores que convivem diariamente com ele “devem ter sido os primeiros a perceber que se trata de reportagem armada, editada e manipulada de maneira a colocá-lo numa situação constrangedora. Ouvir a íntegra da conversa entre o jornalista e Favero é importante para entender quão falaciosa foi a edição levada ao ar pela Rádio Bandeirantes e suas retransmissoras”.

A Educadora ouviu o jornalista da Bandeirantes, Agostinho Teixeira, sobre o assunto:

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Agora, a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos disse que analisará os argumentos de defesa para tomar uma decisão.

O contrato com o consórcio para gestão dos radares termina no final de março. O contrato apenas com a Cobrasin, para cobrança de multas, acaba em abril; e o contrato com o consórcio que administra a semaforização termina em setembro.

A Cobrasin também encaminhou nota na tarde desta quarta-feira (12):

“A empresa não vê motivos técnicos ou políticos que justifiquem o cancelamento do contrato. Talvez, quando da declaração do aviso de cancelamento, a prefeitura não tivesse claro os termos do contrato da Cobrasin e o contrato com as empresas de radares.

A Cobrasin não fabrica, não vende, não opera e não está associada a nenhuma empresa vinculada a radares, portanto, não há motivos para o cancelamento do contrato.

Cerca de dez dias atrás a Cobrasin foi notificada e convidada pela prefeitura para prestar esclarecimentos. As informações foram fornecidas formalmente e deixamos claro que a empresa nunca participou de estudo de levantamento de velocidade ou implantação de radares.

Caso o contrato venha a ser cancelado, nosso Departamento Jurídico vai estudar as medidas cabíveis”.

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