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Fila de espera por prótese no SUS em Limeira tem 122 pessoas

Números foram repassados à Educadora pela Secretaria Municipal de Saúde; governo do Estado nega que exista espera


Por Danilo Janine Publicado 27/08/2019
Divulgação/José Luís da Conceição/A2 Fotografia/Governo do Estado de São Paulo

A fila de espera por uma prótese ou órtese ortopédica em Limeira é de 122 pessoas atualmente, segundo números repassados à Educadora pela própria Secretaria Municipal de Saúde. Hoje são quatro pessoas aguardando por uma prótese (como perna mecânica, por exemplo) e 118 esperando por uma órtese (palmilhas, sapatilhas especiais, cadeiras de roda, muletas, andador e calçados especiais, por exemplo).

Em entrevista ao programa Educadora Meio Dia desta terça-feira (27), o secretário municipal de Saúde, o médico Vitor Santos, explica que a assistência à saúde fornecida pela área pública é tripartite, ou seja, de responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal. “Compete ao governo municipal, segundo a legislação, inclusive com decisão do STJ, o atendimento as atividades primarias. As atividades secundárias e terciárias são de responsabilidade do governo estadual e do governo federal”, fala.

“O governo estadual, ele desenvolveu já há alguns anos, um protocolo através da Fundação Lucy Montoro, que são instalações colocadas em algumas cidades do Estado de São Paulo e nós temos uma na cidade de Mogi Mirim. E esta instituição, além de ela fazer toda a reabilitação dos sequelados de procedimentos cirúrgicos ou de acidentes, ela também fornece as órteses e próteses”, diz, afirmando achar que a demora é grande. (assista abaixo a entrevista completa com o secretário)

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E quando o assunto é a fila de espera para estes dispositivos em Limeira, parece que a Prefeitura e o governo do Estado de São Paulo não falam a mesma língua. Em nota enviada à Educadora, o governo Mário Botion (PSD) afirma que “o atendimento do SUS relativo ao fornecimento de prótese ou órtese é de competência do governo estadual e no caso de Limeira, os pacientes são encaminhados para a Fundação Lucy Montoro, na cidade de Mogi Mirim, hospital referência na região”.

A nota da Prefeitura de Limeira cita ainda que desde 2016, o serviço foi restrito pelo Estado apenas para casos emergenciais, como acidentes e que para tentar solucionar o caso, a Diretoria Regional de Saúde (DRS-10), de Piracicaba, ligada a Secretaria Estadual de Saúde, está levantando a demanda regional para “provavelmente realizar um mutirão de atendimento”.

Por fim, a governo municipal informa que o levantamento ainda não foi concluído, pois nove municípios ainda não entregaram o relatório sobre as demandas.

Questionada, a Secretaria de Estado da Saúde afirma que “não há nenhum pedido de prótese pendente para pacientes de Limeira na unidade (Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Mogi Mirim)”.

A nota do governo João Dória (PSDB) cita ainda que “o Serviço de Reabilitação Lucy Montoro de Mogi Mirim forneceu, de junho a agosto de 2019, mais de 170 itens entre órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM) para pacientes da região”.

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