Em Limeira, coronavírus acelera mudanças nas relações de trabalho

As novas regras de trabalho permitem a antecipação de férias individuais e coletivas, banco de horas, e adiamento do recolhimento do FGTS. A medida provisória é parte de um conjunto de ações do governo federal para combater os impactos econômicos da pandemia do coronavírus. Até agora, mais de 1 milhão de trabalhadores já tiveram jornada e salários reduzidos ou contratos de trabalho suspensos.

O Ministério da Economia estima que houve também aumento de 150 mil pessoas desempregadas no Brasil entre março e a primeira quinzena de abril. Em Limeira, somente na indústria, foram cerca de mil demissões desde o início da quarentena, segundo estimativa do diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Jairo Ribeiro Filho. “O setor automotivo é um dos mais afetados pela crise”, pondera o empresário.

No comércio limeirense, fechado há mais de um mês, o impacto da pandemia também é grande. O Sindicato dos Empregados do Comércio de Limeira e Região (Sinecol) já oficializou 339 acordos para suspensão do contrato de trabalho ou redução da jornada. As demissões ainda não foram contabilizadas.

Mais do que impactos na economia, a crise também trouxe outras mudanças que vieram para ficar. Durante a quarentena, o uso de aplicativos de chamadas de vídeo disparou. O Google, por exemplo, anunciou nesta semana que liberou seu aplicativo profissional de videoconferência, em um momento em que milhões de pessoas confinadas utilizam a internet para se comunicar durante a pandemia, ou realizam home office. Lideranças do comércio, indústria e sindicais afirmam que as mudanças nas relações de trabalho devem ser permanentes.

Veja mais na reportagem de Thayla Ramos e Henry Curcio. ASSISTA!

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