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Dono da FAAL vai à polícia e diz que ex-assessor de Carolina Pontes entregou documento falso à Câmara de Limeira

O Ministério Público já instaurou procedimento para investigar a denúncia


Por Nani Camargo Publicado 16/07/2020
Sessão Ordinária do dia 26.ago.19

Um novo episódio na polêmica que envolve o gabinete da vereadora de Limeira Carolina Pontes (PSDB) foi registrado na quarta-feira (16). Agora, um dos sócios da FAAL (Faculdade de Administração e Artes de Limeira) foi à polícia informar que Lucas Henrique da Silva, ex-assessor da parlamentar, entregou um documento falso em relação a sua situação funcional como aluno da instituição.

O boletim de ocorrência foi registrado por Reginaldo Fernandes, no dia 15 de julho, no 3º Distrito Policial de Limeira.

O caso envolve uma denúncia feita no Ministério Público (MP) contra a vereadora pelo professor Wanderson Claiton Pires Rosa Franco. Ele apontou que a parlamentar adotaria em seu gabinete a chamada “rachadinha” – prática irregular em que o político fica com parte do salário de seus nomeados em cargos de comissão – e que o ex-assessor Lucas Henrique da Silva teria apresentado, em 2017, um documento falso em relação a estar matriculado em um curso superior na FAAL. Um dos pré-requisitos para assessores poderem assumir o cargo é ter ensino superior ou estar cursando a faculdade.

No atestado, o ex-assessor apontou que cursava administração na FAAL no tempo em que permaneceu nomeado no gabinete de Carolina, entre o fim de 2017 e agosto de 2018. No boletim de ocorrência, o sócio da instituição de ensino desmente o atestado. Ele cita que o “documento é falso” e que a assinatura que consta nele também é falsa. Informou, ainda, que Lucas Henrique da Silva foi aluno da FAAL nos seguintes períodos: 2013, 2014, 2015 e em 2017 (neste ano, só no primeiro semestre). “Portanto, nos períodos descritos no atestado, segundo semestre de 2017 e primeiro semestre de 2018, o ex-aluno Lucas não estava matriculado na instituição”, consta no registro policial.

A vereadora nega irregularidades e diz estar sofrendo perseguições políticas.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Conforme a Educadora mostrou, o MP vai investigar a denúncia, no âmbito cível, contra Carolina. O caso foi remetido, inclusive, à Promotoria Criminal para apuração dos crimes de falsidade e prevaricação (crime cometido por funcionário público quando ele deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal).

A vereadora falou com a Educadora, por meio de nota, e também deu entrevista ao vivo, no programa Educadora Meio Dia, negando as irregularidades. “O que posso dizer é que nunca peguei um centavo sequer de nenhum dos meus assessores e, acerca da documentação, desconhecia a entrega de qualquer documento ou declaração que não fosse legítimo. O RH é extremamente rigoroso no processo de nomeação e todos os trâmites até hoje foram praticados conforme orientações da Secretaria de Administração e Finanças da Casa. O que me parece é uma tentativa de macular a minha imagem, já que uma de minhas principais bandeiras é o combate à corrupção. Algo que me chama a atenção é o fato de estarmos em ano eleitoral e participarmos de um processo político. Registro que estou à disposição da imprensa e da Justiça para todos os procedimentos que se fizerem necessários”, declarou Carolina.

Sobre o boletim de ocorrência registrado pelo sócio da FAAL, ela disse: “Diante do contato da Educadora, fiquei sabendo sobre um boletim de ocorrência da FAAL. Desconheço se os documentos apresentados pelo denunciante são os mesmo que estão na Câmara, haja vista que esses documentos são de ordem pessoal e sigilosos, entregues pelo candidato à vaga ao RH. Até o presente momento já falei tudo que sabia sobre o assunto, agora, preciso me inteirar de todos os fatos, juridicamente falando, pois existem elementos estranhos nessa denúncia. Por ora, é o que eu tenho a dizer.”

O caso também já chegou à Corregedoria da Câmara de Limeira, que deverá analisar a conduta da parlamentar.

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