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Procon encontra variação de até 333% no material escolar em SP

Maior diferença encontrada pelo Procon-SP em termos percentuais foi de 333%, na borracha látex branca da Faber Castell


Por Folhapress Publicado 08/01/2020
Foto: Reprodução

O Procon-SP constatou diferenças de preços nos itens de material escolar. A maior diferença encontrada em termos percentuais foi de 333%, na borracha látex branca da Faber Castell, que em um estabelecimento foi encontrado por R$ 2,60 e no outro, por R$ 0,60.
Em números absolutos, a maior diferença registrada foi na caneta hidrográfica Pilot 850L Junior 12 cores R$ 35,40 -um estabelecimento vendia por R$ 59,90 e outro, por R$ 24,50.

Foto: Reprodução

Foram coletados preços de apontador, borracha, caderno, canetas esferográfica e hidrográfica, colas em bastão e líquida, fita corretiva, giz de cera, lápis preto e colorido, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, pintura a dedo, refil para fichário, régua e tesoura escolar nos dias 9, 10 e 11 de dezembro de 2019, em oito estabelecimentos comerciais do município de São Paulo.

Após comparação de 126 produtos comuns entre a pesquisa divulgada neste ano e a do ano passado, o Procon-SP constatou, em média, acréscimo de 3,71% no preço desses itens.

Antes de ir às compras, recomenda-se verificar quais dos produtos da lista de material o consumidor já possui em casa e, ainda, se estão em condição de uso, evitando assim, compras desnecessárias.

Promover a troca de livros didáticos entre alunos também garante economia.

Na lista de material, as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer material escolar de uso coletivo (materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo), conforme determina a Lei nº 12.886 de 26/11/2013. Também não podem exigir a aquisição de produtos de marca específica.

Alguns itens de uso escolar, como lápis, borracha, apontador, compasso, régua, lápis de cor, de cera, cola, caneta, massa de modelar, tinta guache, tesoura entre outros, só podem ser comercializados se apresentarem o selo do INMETRO. A certificação é obrigatória e garante a qualidade e segurança do produto para uso das crianças.

Os produtos importados devem seguir as mesmas recomendações dos nacionais, com informações em língua portuguesa.

Alguns estabelecimentos concedem bons descontos para compras em grandes quantidades, dessa forma pode ser interessante efetuar compras coletivas.

Na hora de pagar o material, o consumidor deve sempre verificar se o estabelecimento pratica preço diferenciado em função do meio de pagamento (dinheiro, cheque, cartão de débito, cartão de crédito).

Cristina Martinussi, supervisora de pesquisa do Procon-SP, alerta para os abusos que as escolas podem cometer na hora de pedir o material escolar.

“Se não ficar claro que o item pedido é para uso pedagógico, vale questionar. Muitas folhas de papel sulfite devem acender o alerta.”

MATERIAL ESCOLAR
O material escolar representa uma das despesas mais importantes do início do ano.
Veja abaixo algumas dicas de especialistas para encontrar os melhores preços e evitar desperdício:

Onde comprar
Pesquise preços na internet antes de ir às compras do material escolar
Considere também o departamento de papelaria de supermercados
Avalie também os gastos com deslocamento e frete (para compras pela web)
Evite comprar os itens em camelôs para garantir a segurança dos produtos

Compre em grupo
Reúna outros pais para comprar os itens em maior quantidade e conseguir maiores descontos

Personagens
Materiais com personagens como princesas e super-heróis famosos são mais caros
O custo aumenta porque o fabricante precisou gastar para licenciar esses produtos
O preço alto, nesses casos, não tem relação com a qualidade do material utilizado

Aproveite o material usado
Veja se é possível reaproveitar os livros didáticos de outro alunos que avançaram de série
Reaproveite lápis de cor e outros itens que ainda estão em boas condições de uso

Segurança
Leia os rótulos para garantir a segurança das crianças
Itens importados merecem atenção e devem ter informações em português
Não compre produtos sem selo de segurança, mesmo que estejam mais baratos

Fontes: Procon-SP e FGV-Ibre

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