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Nova derrota do governo e retração no 1º tri derrubam Bolsa; dólar vai a R$ 4

Outro dado preocupante para o mercado é a confirmação do Banco Central de que a atividade econômica brasileira registrou retração de 0,68% no primeiro trimestre


Por Nani Camargo Publicado 15/05/2019

A nova derrota do governo Bolsonaro na Câmara e a retração da atividade econômica no primeiro trimestre, segundo dados do Banco Central, levaram a Bolsa brasileira a recuar mais de 2% na manhã desta quarta-feira (15).
Logo após a abertura, o Ibovespa chegou a 90.294 pontos, menor nível desde 3 de janeiro, quando a Bolsa bateu os 89.921 pontos mas fechou acima dos 91 mil pontos. O dólar acompanhou o viés negativo e bateu os R$ 4.
Na terça (14), oposição e centrão impuseram mais uma derrota ao governo na Câmara dos Deputados. Foi aprovada a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para o plenário da Câmara prestar esclarecimentos do bloqueio de R$ 7,3 bilhões na pasta aos 513 parlamentares.
Inicialmente, Weintraub falaria na comissão de educação, mas foi surpreendido pela articulação dos parlamentares. A intenção do PSL, partido de Jair Bolsonaro, era derrubar a deliberação e impedir que o ministro fosse obrigado a vir, mas foi derrotado por 307 votos a 82.
“Vamos ver quantos votos o governo tem”, debochou o líder da maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-AL), quando deputados do PSL pediram para fazer a votação nominalmente.
O episódio deixa investidores cautelosos com a aprovação da reforma da Previdência, que depende da boa articulação do governo com o centrão.
Outro dado preocupante para o mercado é a confirmação do Banco Central de que a atividade econômica brasileira registrou retração de 0,68% no primeiro trimestre.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) recuou também na comparação de março com fevereiro, apresentando queda de 0,28%. Economistas previam queda de 0,20%, segundo projeções das agências Bloomberg e Reuters.
“Todos estes fatores negativos fazem com que o investidor realize lucros e se proteja. No ano, a saída de investidores estrangeiros já soma R$ 2,5 bilhões. Dependemos de uma boa reforma da Previdência para melhorar o quadro econômico brasileiro”, afirma Álvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.
Às 15h18, o Ibovespa, maior índice acionário do país, amenizou queda, com recuo de 0,5%, a 91.641 pontos. Até o momento, o volume financeiro soma R$ 9,7 bilhões.
O dólar também freou e sobe 0,1%, a R$ 3,9810. Na maior alta do dia, a moeda chegou a R$ 4,0230.
No exterior, os pregões também iniciaram em queda, após dados fracos da economia chinesa. No momento, o viés é positivo e as Bolsas globais continuam recuperação do tombo de segunda (13), marcado pelo acirramento da guerra comercial entre China e EUA.
Dow Jones sobe 0,68%, S&P 500 tem alta de 0,78% e Nasdaq tem ganhos de 1,3%. Índices asiáticos fecharam em viés positivo. Bolsa do Japão teve alta de 0,58%. Hong Kong subiu 0,5% e o índice CSI 300, que mede o desempenho dos papéis das bolsas de Shangai e Shenzen, disparou 2,25%.

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