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Casais se casam mais tarde e priorizam a economia: como o mercado tem lidado com essa mudança

Segundo o IBGE, enquanto na década de 70 a média de idade entre os noivos era de 27 anos para os homens e 23 entre as mulheres, hoje a média é de 30 e 28 anos para homens e mulheres, respectivamente


Por Estadão Conteúdo Publicado 30/08/2019
Divulgação

Casamentos intimistas sempre ocorreram, mas sua ascensão nas tendências cerimoniais é recente. Até pouco tempo atrás, a moda entre os casais era organizar uma festa marcada pela extravagância, seja pela força do estilo vibrante da década de 80 ou desejo de proporcionar aos convidados uma festa inesquecível. Atualmente, os casamentos são mais pessoais, celebrados entre os amigos e familiares mais próximos, entretanto, não deixaram de trazer grandes lucros ao mercado de eventos – em 2016, foram movimentados 17 bilhões de reais no setor, de acordo com o balanço do Instituto Locomotiva para a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta).

A pesquisa “ ‘A Diamond is Forever’ and Other Fairy Tales: The Relationship between Wedding Expenses and Marriage Duration” (“Diamantes são para sempre e outros contos de fadas”), realizada pela  Emory University, nos Estados Unidos, entrevistou três mil americanos e levantou a hipótese de que quanto mais se gasta no casamento, maior seria a chance de o divórcio ocorrer. Não existem mais dados para comprovar a tese, mas o que se pode afirmar é que casamentos com muitos gastos podem exigir muito dos noivos, e possivelmente, contribuir com o fim do relacionamento

A hipótese é discutível, mas o fato é que os casais têm adiado o casamento. Segundo o IBGE, enquanto na década de 70 a média de idade entre os noivos era de 27 anos para os homens e 23 entre as mulheres, hoje a média é de 30 e 28 anos para homens e mulheres, respectivamente.

Jackeline Braga, líder da categoria de casamentos no e-commerce Elo7, afirma que este mercado tem passado por mudanças e cabe às empresas se adaptarem ao novo cenário. “As pessoas se casavam cedo, gastavam muito com a cerimônia, queriam que fosse uma festa luxuosa. Os casais de agora são mais maduros, trabalham e não tem tempo para conferir todos os detalhes pessoalmente. Economizar tempo e dinheiro é a prioridade, por isso o mercado tem ganhado tanta força no meio digital”, destaca Braga.

No último ano, a empresa recebeu cerca de 1.570 pedidos ligados ao tema rústico no setor, incluindo itens como convitesdecoraçõeslembrancinhas e entre outros artigos de casamento personalizados. Para Braga, isso representa um pouco da personalidade dessa nova geração de noivos: “o estilo mais requintado não é mais a tendência entre os casamentos. A moda é fazer uma cerimônia e festa com decorações que remetem à simplicidade, itens que contam um pouco da história dos noivos também são muito procurados, por isso a personalização é fundamental”.

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