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Azul demite 500 em São Paulo e Minas Gerais e sindicato leva negociação ao TST

Cortes entre os aeroviários podem chegar a 1 mil empregados, de acordo com informações da SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), que também representa a categoria


Por Folhapress Publicado 07/07/2020
Foto: Divulgação/Azul Linhas Aéreas

Pelo menos 500 funcionários da Azul em São Paulo e Minas Gerais foram demitidos na última semana, segundo a FNTTA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos). Os cortes entre os aeroviários podem chegar a 1 mil empregados, de acordo com informações da SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), que também representa a categoria.

As empresas aéreas estão acumulando prejuízos desde o início da pandemia com as aeronaves paradas, uma vez que a demanda por voos praticamente sumiu. Um plano de socorro ao setor chegou a ser anunciado, mas os R$ 2 bilhões anunciados pelo governo foram considerados insuficientes.

Em São Paulo, já estão confirmadas 100 demissões em Barueri e outras 200 no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Em Minas Gerais, 200 aeroviários que trabalham em Confins foram cortados.

São aeroviários os funcionários que atuam no solo, como áreas de check-in dos aeroportos, setores administrativos e pessoal de manutenção. A FNTTA ainda está levantando cortes em outras bases.

A porta-voz do SNA, Patrícia Gomes, diz que desde o início da pandemia a Azul notificou o interesse de reduzir o pessoal em 27 bases regionais e cortar 3.800 funcionários.

O SNA, um dos sindicatos que representa os empregados das empresas aéreas pediu a TST (Tribunal Superior do Trabalho) a mediação de um acordo com a empresa.

“A Azul se manteve irredutível e se retirou da negociação”, diz Patrícia. O TST já vem mediando uma negociação com a Gol e conseguiu, na semana passada, que a Azul fechasse um acordo com os aeronautas (que inclui a tripulação).

O sindicato dos aeroviários representa cerca de 1.800 empregados da Azul. Entre as reivindicações da categoria estão a de melhorias no plano de demissão incentivado e de garantia de emprego para quem for colocado em licença não remunerada.

Atualmente, segundo o SNA, quem sai de licença pode ficar até 18 meses afastado, período em que recebe somente o valor equivalente ao vale-alimentação. O sindicato quer que a empresa banque o plano de saúde e abra uma janela a cada três meses para que o funcionário opte por uma demissão incentivada.

“Nós entendemos a situação das empresas, mas entendemos que eles não podem usar o momento e os nossos direitos para fazer reestruturação”
As demissões já eram esperadas pelos funcionários, segundo o Painel S.A. À coluna, a Azul informou que “reuniu todos os seus esforços para preservar o máximo de posições possível”.

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