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Temporal interrompe circulação de trens, viagens da rodoviária e atrasa voos nos aeroportos

Cidade de São Paulo registrou entre a tarde de domingo (9) e a manhã desta segunda o segundo maior volume de chuva em 24 horas no mês de fevereiro dos últimos 77 anos


Por Folhapress Publicado 10/02/2020
SÃO PAULO, SP, 10.02.2020 – CHUVA-ALAGAMENTO-SP – Ponto de alagamento causado pela chuva na marginal do rio Pinheiros, na capital paulista, nesta segunda-feira (10). A grande quantidade de água está causando vários alagamentos, engarrafamentos e interrupção de linhas de trem da CPTM nas cidade de São Paulo e Osasco. Foto: Antonio Cicero/Photo Press/Folhapress

A manhã caótica de chuvas e alagamentos na Grande São Paulo, com mais de 800 pontos de enchentes, interrompeu a circulação de trens, travou linhas de ônibus, e a saída e chegada aos terminais rodoviários. Também atrasou e cancelou voos nos aeroportos.

As linhas do metrô da capital paulista foram as menos afetadas e operaram sem restrição. Só a 3-vermelha está com velocidade reduzida devido à falha em um trem na estação Bresser-Mooca.

Já a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) passou a manhã com operação parcial em várias linhas.

A 8-diamante está em processo de normalização e todas as estações estão sendo reabertas. Já a linha 9-esmeralda continua com a circulação interrompida entre Osasco e Santo Amaro por conta do alagamento. Os ônibus do Paese atendem o trecho. A viagem entre Grajaú e Santo Amaro tem circulação normal.

O sistema metropolitano de ônibus também ficou bastante afetado na Grande São Paulo com atrasos e suspensão da operação, já que as linhas que vêm de Guarulhos e da zona oeste passam próximo às marginais dos rios Tietê e Pinheiros, intransitáveis.

Em três horas de chuva densa, o volume do rio Pinheiros atingiu o maior nível desde que o governo começou a monitorar o sistema, em 1967, segundo a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado.

O rio chegou a 719,6 metros em relação à altitude do nível do mar, de acordo com a pasta. Até então, o recorde era de 719 metros, registrado durante a forte chuva que atingiu a cidade em 2005.

Segundo a secretaria de Transportes, em Guarulhos são registrados atrasos na operação de até 50 minutos nas linhas que vem do município com destino ao Terminal Tucuruvi. O Terminal Taboão, na cidade, está com operação suspensa devido a alagamentos.

Neste momento o Terminal Vila Galvão está com operação normal, assim como o Terminal Luís Bortolosso, em Osasco, que estava com os acessos alagados pela manhã. Cinco linhas intermunicipais que passam pelas rodovias Dutra e Ayrton Senna estão com operação paralisada.

As linhas de Guarulhos que têm como destino o Terminal Armênia também não conseguem chegar ao seu destino. As linhas da região de Osasco operam com atrasos por causa de alagamentos nas vias e congestionamentos.

Na Baixada Santista, apesar das fortes chuvas, o Veículo Leve sobre Trilhos opera normalmente.

Quem pretendia sair da capital paulista pela rodoviária também não conseguiu. No terminal Tietê, o principal, foram suspensas ao menos 364 partidas de ônibus programadas. Já na rodoviária da Barra Funda, ao menos 91 partidas foram canceladas.

Segundo a concessionária que administra os terminais, os passageiros devem checar as informações sobre remarcação de passagens diretamente com as empresas de ônibus.

Os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Congonhas, na zona sul da cidade, estão abertos, mas muitos passageiros e tripulantes não conseguiram chegar a tempo do voo.

Em Cumbica, 21 voos foram cancelados e 22 alternados para outros aeroportos –dos quais, 21 retornaram para Cumbica e um foi cancelado.

A concessionária GRU Airport recomenda aos passageiros que confirmem a partida com as companhias aéreas.
Já o aeroporto de Congonhas teve 12 atrasos e dois cancelamentos até às 15h.

Passageiros de voos marcados para esta segunda-feira e que não consigam chegar a tempo poderão pedir reembolso ou remarcar seus voos sem custo, segundo as companhias aéreas Azul e Latam. Já a Gol informou que está remarcando bilhetes sem custo.

De acordo com a Azul, os passageiros poderão optar por remarcar os voos para mais tarde nesta mesma segunda ou para terça-feira. Quem desistir de viajar também poderá solicitar o reembolso integral. Já os passageiros de voos cancelados serão reacomodados em outros voos da própria companhia.

Segundo a Latam, passageiros de voos cancelados ou reprogramados poderão alterar a data do voo sem cobrança de multa ou diferença tarifária, desde que dentro da vigência do bilhete. É possível também alterar a origem e/ou o destino do voo, também dentro do período da vigência do bilhete, mas sujeito a diferença tarifária. Os passageiros também podem optar por pedir o reembolso integral do bilhete.

Já os passageiros que não tiveram seus voos cancelados, mas tiveram problemas para chegar aos aeroportos, poderão alterar a data do voo da Latam para os próximos 15 dias, sem cobrança de multa ou diferença tarifária; alterar origem ou destino do voo sem cobrança de multa mas sujeito a diferença tarifária e dentro do período de vigência do bilhete; ou solicitar o reembolso integral.

A Gol informou que alguns voos precisaram ser cancelados ou sofreram atrasos, e que está prestando assistência aos clientes. Segundo a companhia, os bilhetes de passageiros impactados nesta segunda-feira podem ser remarcados sem custo –tanto no caso de quem teve voos atrasados ou cancelados, como para quem não conseguiu chegar aos aeroportos por conta dos transtornos causados pelas chuvas.

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a cidade de São Paulo registrou entre a tarde de domingo (9) e a manhã desta segunda o segundo maior volume de chuva em 24 horas no mês de fevereiro dos últimos 77 anos.

A medição recorde, até o momento, foi registrada no dia 2 de fevereiro de 1983, quando choveu 121,8 mm.

Entre 9h de domingo e as 9h desta segunda, choveu na capital paulista 114 mm. Considerando todos os meses do ano, o volume foi o oitavo maior acumulado da história.

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