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‘Precisamos unir todas as frentes’, diz KondZilla ao lamentar ação policial em baile funk

KondZilla, que trabalha com cantores como Kevinho, Mc Jottapê e Livinho, também afirmou que espera que o estado ampare as famílias que perderam seus entes queridos e que apure o caso


Por Folhapress Publicado 02/12/2019
Reprodução

O produtor musical Konrad Cunha Dantas, 31, mais conhecido por KondZilla, usou suas redes sociais para lamentar uma ação policial que ocorreu na madrugada de domingo (1º) em um baile funk da favela de Paraisópolis (zona sul da capital paulista). A ação terminou com nove pessoas mortas por pisoteamento e outras sete feridas.

“A KondZilla trabalha há 9 anos, em uma luta que existe há mais de 30 anos para mudar o olhar de preconceito sobre a nossa expressão cultural do movimento de música eletrônica de favela, o Baile Funk. Exatamente o mesmo número de vidas que se foram em um fluxo de rua hoje na comunidade de Paraisópolis”, lamentou o produtor em sua conta pessoal no Instagram, “Kond”.

KondZilla, que trabalha com cantores como Kevinho, Mc Jottapê e Livinho, também afirmou que espera que o estado ampare as famílias que perderam seus entes queridos e que apure o caso. “Precisamos unir todas as frentes para iniciarmos um novo momento da história do funk, da juventude e das favelas de São Paulo. Meus sinceros sentimentos”.

Através do perfil “KondZilla”, o produtor ainda publicou uma série de fotos de pessoas na periferia com cartazes pedindo paz. “Mais educação, menos violência” e “Chega de sangue derramado” foram alguns dos pedidos divulgados por ele. Em seu site oficial, KondZilla ainda publicou uma notícia sobre o acontecimento e convidou seus seguidores a se informarem sobre o assunto.

O caso aconteceu em um evento com mais de 5 mil pessoas, conhecido como baile da 17, na rua Ernest Renan. Segundo moradores da favela, a polícia fechou ambos os lados da rua. Imagens e relatos indicam que a multidão acabou encurralada pela polícia em vielas estreitas -alguns tropeçaram e acabaram mortos. Jovens afirmaram que a ação foi uma “emboscada”.

Os policiais dizem que foram recebidos com pedras e garrafas arremessadas no evento. De acordo com o tenente-coronel Emerson Massera, da PM, “houve necessidade do uso de munição química”, com quatro granadas de efeito moral e oito tiros de balas de borracha. Jovens feridos e familiares de vítimas rebatem: segundo eles, não houve perseguição alguma a suspeitos.

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