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Policial civil é morto com tiro no rosto durante investigação sobre tráfico em SP

Segundo a polícia, a pistola calibre ponto 40 do agente travou, deixando a munição presa ao ferrolho do armamento


Por Folhapress Publicado 06/03/2020

O policial civil Francisco Egídio Ferreira de Andrade, 39 anos, morreu com um tiro no rosto, por volta das 13h30 de quinta-feira (5), em Itaquera (zona leste da capital paulista), quando investigava um suposto ponto de venda de drogas.

Segundo a polícia, a pistola calibre ponto 40 do agente travou, deixando a munição presa ao ferrolho do armamento, quando ele teria tentado reagir.

O suspeito de matar o policial, que trabalhava no 64º DP (Cidade A.E. Carvalho), já foi identificado. Segundo a polícia, ele é um estudante de 19 anos, que não havia sido preso até a publicação desta reportagem.

Segundo relatado por um parceiro de Andrade, um investigador de 49 anos, ambos foram até uma favela da região para investigar um ponto onde drogas seriam vendidas.

Andrade estava disfarçado de gari e foi o primeiro policial a descer de um carro e caminhar até uma viela, que fica perto de um córrego. Neste instante, o suspeito teria lhe mostrado uma arma e o agente, por isso, sacou sua pistola, que travou.

O investigador foi baleado abaixo do olho direito, segundo a polícia, e chegou a ser levado pelo parceiro ao hospital municipal Professor Doutor Alípio Corrêa Netto, mas não resistiu.

O caso é investigado pela 7ª Delegacia Seccional.

A Taurus, fabricante da pistola do policial que teria travado, lamentou a morte do agente e afirmou não ter recebido nenhuma notificação da Polícia Civil sobre o caso.

A empresa acrescentou que “apenas uma perícia” poderá identificar “as verdadeiras causas de incidentes como este.”  “A empresa se solidariza com a família do policial e está como sempre à disposição das autoridades para colaborar na apuração das circunstâncias do episódio”, diz trecho de nota.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB) foi questionada sobre o fato de a arma do policial civil ter travado na ação. Porém, a pasta não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

 “Todas as circunstâncias relativas aos fatos são investigadas pela EIE [Equipe de Intervenção Estratégica]  da 7ª Delegacia Seccional de Polícia por meio de inquérito policial”, diz trecho de nota.

A arma do policial civil foi apreendida e será  periciada.

Segundo a SSP, três policiais civis morreram em serviço, no ano passado, em todo o estado de São Paulo. Deste total, dois casos foram na capital. Já em 2018, foi registrada somente uma morte na cidade.

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