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Polícia suspeita que prefeito de Ribeirão Bonito foi morto em crime encomendado

Chiquinho Campaner, como era conhecido, foi atingido por quatro tiros e morreu na hora


Por Estadão Conteúdo Publicado 28/12/2019
Divulgação

A Polícia Civil trabalha com hipótese de que o asssassinato do prefeito de Ribeirão Bonito, Francisco José Campaner (PSDB), de 57 anos, morto a tiros na tarde de quinta, na zona rural do município do interior de São Paulo, foi um crime encomendado.

Segundo a investigação, o autor dos disparos teve o cuidado de recolher as cápsulas deflagradas para dificultar a identificação da autoria. A precisão dos tiros também é compatível com a ação de atirador profissional, afirmou a polícia.

Chiquinho Campaner, como era conhecido, seu chefe de gabinete, Edmo Marquette, e um amigo, Ary Santa Rosa, voltavam de um sítio em um carro oficial quando foram alvos de uma emboscada, segundo a Polícia Civil. O prefeito foi atingido por quatro tiros e morreu na hora. Os outros dois sobreviveram.

Um lavrador que passava pela estrada ouviu os pedidos de socorro e acionou a polícia. Marquette, atingido no peito, e Rosa, ferido na mão, foram levados para a Santa Casa de São Carlos, na mesma região.

O chefe de gabinete foi submetido a uma cirurgia e permanecia internado em estado estável na noite de ontem. Já o amigo foi liberado depois de receber atendimento médico.

Conforme o delegado de Ribeirão Bonito Reinaldo Machado, os dois sobreviventes disseram que um homem encapuzado saiu do mato e abordou o carro, que seguia em baixa velocidade, fazendo os disparos.

Machado afirmou que a polícia está em busca de pistas e várias linhas de investigação são consideradas. Ainda segundo as investigações, o prefeito não havia registrado nenhuma ameaçada recebida.

Na cidade de 12,8 mil habitantes, Chiquinho tinha hábitos conhecidos e costumava dirigir o próprio carro oficial.

Antes de ser eleito prefeito, em 2016, ele havia sido vereador por três mandatos. Em setembro, a Justiça arquivou uma ação civil pública em que o prefeito era acusado de usar dinheiro do erário para propaganda pessoal. Um pedido de cassação contra ele foi rejeitado pela Câmara Municipal.

O governador de São Paulo em exercício, Rodrigo Garcia (DEM), lamentou a morte e pediu empenho nas investigações. “Todo empenho da polícia nas investigações para apurar as circunstâncias de sua morte e das demais vítimas baleadas e encontrar os autores deste violento crime”, afirmou.

O PSDB divulgou nota lamentando a morte do prefeito e manifestando repúdio ao crime.

O prefeito em exercício de Ribeirão Bonito, Luiz Arnaldo Lucato, publicou decreto de luto oficial por três dias. O expediente na prefeitura, onde o velório ocorreu, foi suspenso ontem.

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