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Mãe e filha se curam ao mesmo tempo da covid-19

Filha, que foi a mais castigada pelo vírus, ficou internada no Hospital São Vicente de Paulo


Por Folhapress Publicado 02/06/2020
Foto: Prefeitura de Jundiaí

A dona de casa Lídia Bernardino da Silva, 67 anos, e a filha Maria Cecília, 37, passaram por maus bocados na Semana Santa. Contaminadas pelo novo coronavírus, as duas apresentaram os tradicionais sintomas da doença, como falta de ar, tosse, febre e cansaço, e tiveram de procurar ajuda médica.

Apesar de mais jovem, Maria Cecília foi mais castigada pelo vírus. Tanto que naquela semana chegou a ir a um posto de saúde e a um hospital municipal de Jundiaí, mas nas duas vezes ela foi mandada de volta para casa. Os médicos disseram que estava com sinusite.

Foi apenas na quinta-feira, dia 9 de abril, que ela decidiu ir ao hospital do plano de saúde, o São Vicente de Paulo, onde fez exames e já ficou internada. “Ela ficou com medo porque estava com muita tontura. No hospital, eles fizeram os exames e falaram que o pulmão dela estava muito manchado, 40% comprometido. A falta de ar dela era aquela que até faz barulho”, conta dona Lídia, explicando que, como não estava tão mal quanto a filha, acabou protelando um pouco a ida ao hospital.

No dia seguinte, dona Lídia seguiu os passos da filha e também ficou internada. Ela afirma que não estava com o pulmão tão ruim quanto o de Maria Cecília, mas também não estava mais aguentando a fraqueza.

“Antes de eu ir para o hospital, larguei tudo. Comia e vomitava. Fiquei quatro dias sem comer nada, nem água. Nada, nada. Foi muito ruim mesmo. Não sei se era por isso, mas não sentia gosto, nada tinha tempero. Até a água era amarga. Eu ainda fiquei insistindo mais um dia e só fui na Sexta-Feira Santa para o hospital.”

A dona de casa lembra que o Domingo de Páscoa foi o mais difícil para ela. “Eu só balançava a cabeça que não queria comer nada e eles falando ‘vamos, força, se não comer você vai tomar soro na veia”. Tossia muito e tinha muita falta de ar e dor nas costas. Quando o médico perguntava eu falava que estava com muita dor nas costas e canseira.”

Dona Lídia ficou uma semana internada, e a filha, dois dias a mais. No final, as duas saíram bem e não apresentam mais sintomas. Embora Maria Cecília precise fazer acompanhamento com um pneumologista, por causa das sequelas no pulmão.

“Graças a Deus não tive mais nada desde que vim embora. Nada mesmo”, agradece a mãe, afirmando não fazer ideia de como foram contaminadas. Ela mora com outra filha, Josélia, o filho Juliano, 42, e o neto, Carlos Eduardo, 20. Por isso, acredita que todos tenham sido contaminados.

“Acho que pegaram. Minha filha (Josélia) ficou um dia comigo no hospital em um quarto fechado, e sem proteção. Os médicos falam pra ficarmos 14 dias isolados em casa, mas quando eu cheguei, ficamos todos juntos. Ninguém quis separar. Neles a doença deu mais fraca porque não separou nada, não.”

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