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Governo quer elevar testes para 50 mil ao dia com ‘drive-thru’

Ideia é direcionar pessoas com sintomas a centros de coleta de emergência, espécie de postos volantes que devem ser instalados em cidades acima de 500 mil habitantes


Por Folhapress Publicado 13/04/2020

O Ministério da Saúde informou no sábado (11) que pretende ampliar a capacidade de testes para o novo coronavírus de 4.200 para até 50 mil amostras por dia, por meio da instalação de “centros de coleta de emergência” e do uso de novas máquinas em parceria com a rede privada.

Segundo o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira, a pasta deve iniciar em breve uma estratégia para testagem de casos leves em cidades maiores. “Teremos testes em quantidade suficiente para avaliação do cenário epidemiológico. O que posso garantir que não teremos testes para todas as pessoas. Os testes são para conhecer a epidemia e para algumas regiões do país.”

A ideia é direcionar pessoas com sintomas a centros de coleta de emergência, espécie de postos volantes que devem ser instalados em cidades acima de 500 mil habitantes. A orientação para ida aos postos deve ser feita por meio de um sistema de teleatendimento, já em funcionamento. O resultado será informado em até 24 horas.

De acordo com Oliveira, um projeto-piloto para acelerar a testagem deverá ser iniciado em Curitiba e Rio de Janeiro. Ele não deu mais detalhes.

Um centro de testes em conjunto com a rede privada também deve ser instalado em São Paulo. O projeto aguarda finalização de contratos.

O ministério tem sido criticado pela baixa oferta de testes, restritos a casos graves, com amostras coletadas em unidades sentinela, que visam verificar a circulação do vírus.

Oliveira rebate. “Não é verdade que estejamos testando pouco. Estamos fazendo o máximo possível com a realidade de insumos nesse momento. O que nós vamos fazer é testar mais, baseado numa estratégia de centros de coleta de emergência, com postos volantes para os casos leves.”

Hoje, há 151 mil amostras à espera de testes. O volume corresponde a casos de síndrome respiratória aguda grave, quadro que pode ser causado por diferentes vírus respiratórios, incluindo o novo coronavírus, e casos leves com amostras coletadas em unidades de saúde sentinelas.

Entre essas amostras, estão as de 2.176 de pacientes que morreram com síndrome respiratória grave. “Os potenciais casos de coronavírus estão dentro desses 2.176 (e dos demais em análise). O sistema está sensível e notificando (os casos)”, diz.

Além dos testes, outro desafio é aumentar a oferta de leitos e respiradores usados para assistência de pacientes graves em UTIs.

Um contrato para importação de 15 mil respiradores foi cancelado. Agora, o ministério busca outros fornecedores e aguarda a entrega de 6.500 respiradores que devem ser produzidos em até 90 dias por empresas nacionais.

Um segundo contrato, para produção de mais 7.000 respiradores, é previsto para esta semana, de acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis. Segundo ele, a pasta também deve iniciar o monitoramento da ocupação de leitos em hospitais.

Portaria publicada na última quinta-feira prevê que essa informação seja enviada duas vezes por dia para monitoramento pelo governo federal.

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