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Frio e umidade fazem nevar em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul

As previsões acertaram


Por Folhapress Publicado 06/07/2019

As previsões acertaram. O frio e a umidade fizeram nevar em algumas cidades do Sul do país na noite desta sexta (5) e madrugada deste sábado (6) e alegraram turistas que se deslocaram só para ver o fenômeno de perto nas serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Na primeira região, uma neve leve foi relatada nas cidades de Gramado, Canela, São Francisco de Paula, Riozinho, São José dos Ausentes, Pinheiro Machado e Cambará do Sul, principalmente entre 22h e 0h de sexta, segundo a Somar Meteorologia, que faz previsão do tempo. Em Pelotas, ela caiu mais cedo, no início da tarde.

Já na região catarinense, a rodovia da Serra do Rio do Rastro chegou a ser interditada por causa da camada de gelo que se formou sobre o asfalto. Houve relatos e vídeos também em Bom Jardim da Serra e São Joaquim, uma das cidades mais gélidas do Brasil.

Na sexta, os termômetros marcaram -5ºC ali, e as árvores amanheceram cobertas de gelo.

A previsão de neve para o final de semana no município fez com que 1.700 dos cerca de 2.000 leitos do município fossem ocupados, segundo a secretária municipal do Turismo, Indústria e Comércio, Adriana Schlichting de Martin. “Moradores disponibilizaram quartos e casas para aluguel”, diz ela.

Turistas madrugaram para ver os flocos na praça principal da cidade. São os “caçadores de neve”, como apelida a meteorologista Laura Rodrigues, do Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC).
“Como estava previsto, a neve ocorreu de forma pontual e em curto periodo de tempo, como normalmente acontece no Sul do Brasil. Por isso o pessoal fica procurando para ver onde vai acontecer. Fica acordado, se deslocando. Não tem os caçadores de tornado no exterior? Aqui tem os caçadores de neve”, brinca.

Ela explica que o fenômeno depende de duas condições: o frio, que demorou a chegar neste ano mas veio com uma massa de ar gelada, e a umidade, que foi alta na sexta à noite por causa de um ciclone vindo do mar. “Em São Joaquim, por exemplo, estava -3°C e a umidade estava mais elevada”, diz.
Agora, porém, as condições para que se tenha neve passaram, segundo a meteorologista. “O ciclone já se afastou da costa. Agora o que fica é a paisagem da geada, que já aconteceu no estado, e o frio intenso nas madrugadas no Centro-sul, com temperaturas de 1°C ou 2°C na serra catarinense. O mar continua agitado por causa do ciclone e traz a tainha, peixe típico da região.”

Com os termômetros baixos, além do turismo, as cidades se mobilizam na frente social. Em São Borja, por exemplo, cidade gaúcha na fronteira com a Argentina, a Secretaria de Desenvolvimento Social organizou o projeto “Cabide Solidário”. As roupas doadas são dispostas para que as pessoas em vulnerabilidade possam escolher o que necessitam, como se fosse uma compra.

Em Porto Alegre, o clube de futebol Internacional, inspirado no River Plate, de Buenos Aires, abriu as portas do ginásio Gigantinho para abrigar a população em situação de rua neste final de semana, que pode ser um dos mais frios do ano. Com auxílio de voluntários e empresas, a prefeitura recebe doações e servirá refeições.

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