Deputados querem hospital militar na fronteira do Brasil com a Venezuela
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 1° de maio, que a situação do lado brasileiro da fronteira com a Venezuela é de calamidade
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou nesta quarta-feira, 1° de maio, que a situação do lado brasileiro da fronteira com a Venezuela é de calamidade.
O deputado, que estava em missão oficial pela Casa no estado de Roraima, foi à cidade de Pacaraima para verificar a situação do lado brasileiro. Segundo ele, a cidade está em condição “calamitosa” por causa do grande fluxo de venezuelanos, que entram no Brasil para fazer compras, tratamento médico-hospitalar ou se refugiar da crise política e institucional em seu país de origem.
Além do filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), foram a Pacaraima os deputados Coronel Chrisóstomo (RO), Delegado Pablo (AM), General Girão (RN) e Nicoletti (RR), todos do PSL e integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O grupo passou por hospitais, o Quarto Pelotão de Fronteira e o campo da Operação Acolhida do governo federal.
O presidente do colegiado ressaltou que o problema não é só de Roraima, mas do Brasil inteiro, e disse que vai procurar o Ministério da Defesa para pedir “o envio de oficiais e praças das Forças Armadas para fazer um hospital de campanha” na região.
Ele defendeu ainda que o Ministério da Saúde deve autorizar médicos estrangeiros a virem ao Brasil para atuarem na fronteira entre Brasil e Venezuela. “Depois de dois ou três anos, eles poderiam conseguir seus CRMs, se forem aprovados nos testes”, sugeriu.
Coordenador da comissão externa, o deputado Nicolletti (PSL-RR) afirmou que o colegiado vai articular como o governo federal a liberação de mais recursos para atender aos migrantes venezuelanos e também aumentar a assistência à população de Roraima.
Uma medida provisória anunciada pelo governo nessa terça (30/04/2019) destinou R$ 224 milhões para ajuda humanitária a imigrantes venezuelanos. O parlamentar roraimense estima que 80 mil venezuelanos tenham chegado ao Brasil desde o início da crise migratória.
Em entrevista à Rádio Câmara, um dos parlamentares da comissão, o general Girão (PSL-RN), falou sobre a dificuldade do governo em atender os migrantes. “Tem uma força tarefa de acolhimento que foi montada pelas Forças Armadas sob o comando do Exército, com a presença de pessoas da ONU [Organização das Nações Unidas], de voluntários e igrejas, trabalhando na interiorização dos venezuelanos”, relatou.
Conflitos
Os deputados não relataram qualquer mudança na fronteira por causa dos conflitos na capital da Venezuela, mas ressaltaram que Pacaraima fica a 1,3 mil quilômetros de Caracas, e por isso qualquer mudança pode demorar a chegar à região. As informações são do portal Metrópoles.
(Com informações da Agência Câmara)
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