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Coronavírus pode tirar 0,5 ponto da alta do PIB deste ano, afirma Guedes

Guedes afirmou também que o Brasil não participou do crescimento acelerado da economia mundial nos últimos anos


Por Folhapress Publicado 05/03/2020
Paulo Guedes
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Paulo Guedes afirmou trabalhar com a expectativa de crescimento de 2% para a economia neste ano, abaixo da estimativa de 2,4% feita pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, e estimou que o coronavírus pode reduzir o crescimento do país em 0,5 ponto percentual, na pior das hipóteses.

“É claro que o coronavírus vai ter impacto. Nós fizemos os primeiros cálculos e, se a economia fosse crescer 2,5%, a pior hipótese era cair 0,5% [0,5 ponto percentual] e crescer 2% e na melhor cair 0,1% [0,1 ponto percentual]”, disse o ministro nesta quinta-feira (5) após evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

“Eu não estou nem contando com isso. Desde o início, a nossa hipótese de trabalho era 1% [de crescimento] no primeiro ano, 2% no segundo ano. Muita gente andou prevendo 2,5, 3%. Esse pessoal é que vai ter que refazer a previsão. Nós, desde o início, estamos prevendo 2%.”

O secretário de Política Econômica do ministério comandado por Guedes, Adolfo Sachsida, no entanto, divulgou em fevereiro projeção de crescimento de 2,4% para 2020. Na quarta-feira (4), o secretário afirmou que a equipe econômica irá cortar a projeção em razão do impacto do coronavírus sobre a atividade e que ela não ficará abaixo de 2%.

Guedes afirmou também que o Brasil não participou do crescimento acelerado da economia mundial nos últimos anos, “quando o vento estava a favor”, e agora também não seguirá no mesmo ritmo da maioria dos países, por ser uma economia fechada.

“Como o Brasil era uma economia fechada, quando ventou a favor, não pegou, quando ventar contra, também não pega tanto”, afirmou.

“O mundo está descendo em altíssima velocidade. O coronavírus vai acelerar a velocidade de queda. Só que o Brasil é a 130ª economia mais fechada do mundo. Depois da gente, só mais três ou quatro países africanos.”

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