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Camaro de R$ 130 mil passa a ser usado por polícia gaúcha

O antigo proprietário do carro era um estelionatário que aplicava golpes do bilhete premiado.


Por Folhapress Publicado 04/06/2019
Divulgação

A Polícia Civil de Passo Fundo, a cerca de 300 km de Porto Alegre (RS), passa a contar a partir desta terça-feira (4) com um Chevrolet Camaro 2011, avaliado em R$ 130 mil, na sua frota. O veículo, que foi apreendido em uma operação no ano passado, vai ser usado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

O antigo proprietário do carro era um estelionatário que aplicava golpes do bilhete premiado, segundo o delegado Diogo Ferreira, responsável pela investigação. Com ele, também foram apreendidos outros dois veículos, modelos Hyundai Sonata e Ford Fusion, e dois imóveis de luxo. O investigado está preso preventivamente.

“Era um Camaro amarelo, então só quem é muito excêntrico para comprar um carro assim”, descreve o delegado para justificar o pedido da Polícia para ficar com o veículo, já que, com a venda antecipada, o Camaro seria muito desvalorizado.
Para transformar o carro de luxo em um veículo de trabalho, a Polícia contou com a parceria de três empresas, que fizeram o envelopamento, a plotagem e a implantação de luzes.

“Não vai gerar nenhum custo para o estado. Até a manutenção do carro será com dinheiro apreendido do criminoso”, conta Ferreira. Apenas o combustível será arcado pela instituição.

Outros veículos apreendidos na operação Pólis, deflagrada em julho do ano passado, também já estão sendo utilizados pela Polícia Civil de Passo Fundo, mas em investigações, o que impede a divulgação dos modelos.
No balanço total, foram resgatados 71 carros, 18 motocicletas, dois barcos, um jet sky, joias e dinheiro no cumprimento de 130 mandados de busca e apreensão que tinham como alvo 160 investigados.

Foram instaurados 50 inquéritos e determinadas cerca de duas mil quebras de sigilo, levando hoje ao número de 400 investigados. Mais de R$ 150 milhões, entre bens e dinheiro, foram bloqueados até então.

O delegado estima, no entanto, que a rede de estelionatários movimentou perto de R$ 10 bilhões nas regiões sul, sudeste e centro-sul do país, apenas com o golpe do bilhete premiado. “Difícil encontrar uma cidade dessas regiões que não tiveram vítimas do golpe”, aponta Ferreira.

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