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Amazônia: produtora de salmão considera interromper compras de soja do Brasil

Norueguesa 'Mowi' informou que considera interromper as compras de soja do Brasil, caso a situação do desmatamento na Amazônia não melhore


Por Estadão Conteúdo Publicado 29/08/2019
A maior produtora mundial de salmão, a norueguesa Mowi, informou que considera interromper as compras de soja do Brasil, caso a situação do desmatamento na Amazônia não melhore. O anúncio foi feito em comunicado divulgado pela empresa n noite desta quarta-feira, 28. “O tratamento dado à Amazônia é inaceitável. A Mowi terá de considerar a possibilidade de encontrar outros fornecedores de matérias-primas para ração, a não ser que a situação melhore”, afirmou a diretora de Sustentabilidade da companhia, Catarina Martins.

A companhia utiliza soja para alimentação de peixes de suas unidades de piscicultura e também para fabricação de ração animal para terceiros. “A Mowi adquire (soja) de fornecedores certificados, e pode garantir que nossos suprimentos não estão atualmente vinculados ao desmatamento ou às violações dos direitos humanos”, acrescenta Catarina, no comunicado.

A empresa relatou que os seus contratos de importação de oleaginosa preveem aquisição somente de matéria-prima com garantia dos padrões internacionais de sustentabilidade ambiental, como a certificação ProTerra. “No entanto, é importante que nós e todos os outros que compram produtos do Brasil afirmemos claramente que a floresta tropical deve ser preservada e que a situação atual é inaceitável”, observa a executiva de sustentabilidade da companhia norueguesa.

Segundo a própria empresa, sua fábrica de ração produziu 348 mil toneladas do suprimento em 2018. A Mowi informou também que não utiliza soja transgênica como matéria-prima.

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