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Seleção falha no ataque, e pressão por vaga olímpica atinge Jardine

Após o empate com o Uruguai na quinta (6), o técnico vê a sua defesa não reagir aos treinamentos, o ataque cair de produção na reta final e a necessidade de vencer a Argentina


Por Folhapress Publicado 07/02/2020
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

André Jardine vive o momento de maior pressão desde que assumiu a base da seleção brasileira, com apenas dois pontos no quadrangular final do Pré-Olímpico e sob risco de não ir para Tóquio 2020.

Após o empate com o Uruguai na quinta (6), o técnico vê a sua defesa não reagir aos treinamentos, o ataque cair de produção na reta final e a necessidade de vencer a Argentina, a seleção que se mostrou a melhor da competição até agora, com 100% de aproveitamento.

Por conta de tudo isso, o treinador admitiu em sua última coletiva de imprensa que pode voltar a fazer alterações no time titular. Depois de mudar a linha defensiva para começar o quadrangular final, ele agora pensa em trocar peças no ataque.

O primeiro desafio já está posto pela suspensão de Nino. O zagueiro mais estável do time até aqui está suspenso pelo segundo cartão amarelo e dará lugar a Robson Bambu ou a Ricardo Graça. O comandante ainda não decidiu quem será o promovido.

Escolha à parte, o sistema defensivo já se mostrou pouco confiável durante toda a competição. Em seis jogos, são sete gols sofridos, sendo três só da Bolívia, e uma dificuldade especial em jogadas aéreas.

Outro obstáculo até aqui tem sido a vontade de manter a identidade da equipe, com zagueiros e goleiros participando da construção de jogo. A tática se mostrou pouco eficiente até aqui, apesar dos insistentes treinos durante toda a preparação.

A grande novidade na lista de problemas é a ineficiência no ataque. Até então, os jogadores da frente conseguiam compensar as falhas dos zagueiros. Não à toa, o time passou a primeira fase com 100% de aproveitamento. No quadrangular final, essa compensação parou.

Em todos os treinos, uma das frases mais repetidas por Jardine – além das correções na zaga – foi a que alertava para a importância de seus pontas: “Eu não posso ter meus pontas burocráticos, preciso que eles ataquem e driblem”. Na coletiva, ele deu sinais de que isso também o preocupa agora.

Pedrinho, apesar de ter feito o gol, não consegue se mostrar indispensável. Antony e Paulinho, que sempre mostraram ótimos dribles e improviso, funcionam cada vez menos, o que deixa Matheus Cunha mais isolado. Nem mesmo Pepê, que se acostumou a sair do banco para resolver, funciona.

O Brasil tem mais dois treinos até enfrentar a Argentina, sendo que o desta sexta-feira (7) será apenas de recuperação para seus titulares. A atividade de sábado (8) será decisiva para o treinador decidir quem entrará em campo em busca da vaga para Tóquio 2020 no domingo (9), a partir das 22h30, contra a Argentina.

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