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Há 35 anos, Ayrton Senna comemorava primeira vitória na F-1

No GP de Portugal, Senna foi impecável para alcançar a primeira de suas 41 vitórias na F1


Por Folhapress Publicado 21/04/2020
Foto: Divulgação/F1

35 anos, Ayrton Senna protagonizou um dos maiores eventos da F-1. No circuito de Estoril, no GP de Portugal, sob forte chuva, em prova marcada por derrapagens e batidas, Senna foi impecável para alcançar a primeira de suas 41 vitórias na principal categoria do automobilismo mundial.

O dia 21 de abril de 1985 não foi fácil para o brasileiro. Primeiro porque seu carro, a Lotus Renault 97T, com o qual obteve a pole no dia anterior, teve o motor e câmbio inviabilizados na manhã da prova.

Depois, pela chuva, que se manteve por toda a corrida, e pelo carro, que teve problemas com os freios e, disse Senna, “se descontrolava a cada curva”.

A dificuldade fez com que só 9 dos 25 pilotos concluíssem a prova, com nomes de peso, como Nelson Piquet, Alain Prost e Niki Lauda, abandonando.

A superioridade de Senna, à época com 25 anos, foi tanta que, além de liderar de ponta a ponta, terminou com mais de um minuto de vantagem sobre o segundo colocado, Michele Alboreto, e uma volta sobre o terceiro, Patrick Tambay. “É uma sensação extraordinária. Estou muito feliz. É meu segundo ano na F-1 e pude realizar meu primeiro grande sonho de vencer uma corrida.”

Foi o 16º GP de F-1 de Senna, que já tinha brilhado em 1984, também sob chuva, no GP de Mônaco, quando ficou em segundo -a prova foi interrompida. “As condições estavam dez vezes piores do que em Mônaco. Mesmo na reta, a 250 km/h, o carro vinha aquaplanando. Achei um absurdo continuarem a corrida.”

Na 30ª volta, Senna acenou para que a prova fosse paralisada. “Tinha carro batido por várias voltas na entrada da reta. Eu perdi a conta das vezes em que estive a ponto de bater.”

O GP de Portugal, porém, terminou pelo tempo, com duas horas, com Senna completando 67 das 70 voltas previstas.

Antes do pódio, foi cumprimentado, por telefone, por José Sarney, que ocupava a Presidência naquele 21 de abril. Nesse mesmo dia, às 22h23, o presidente eleito Tancredo Neves morreu em São Paulo.

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