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Corinthians reclama por não conseguir voo fretado para Venezuela

"O Corinthians não pode ser tratado com esse desdém [pela Conmebol], é uma humilhação", afirmou Jorge Kalil


Por Folhapress Publicado 22/05/2019

O Corinthians enfrenta o Deportivo Lara (VEN) em casa nesta quinta-feira (23), mas parte da diretoria já se preocupa com o reencontro na semana que vem. O clube segue com dificuldades para fretar um voo a Caracas, visto que a Venezuela está sob ditadura de Nicolás Maduro. Em meio à logística complexa, o time paulista pretende levar tudo o que precisar consumir no país vizinho, uma dor de cabeça que tira diretor do sério.

“O Corinthians não pode ser tratado com esse desdém [pela Conmebol], é uma humilhação. Nós estamos falando de um campeão do mundo sendo submetido a essas condições. Na minha opinião pessoal isso não é certo; se não há condições de ter um jogo lá, que seja em outro país”, diz Jorge Kalil, diretor adjunto de futebol do Corinthians, ao UOL Esporte. Ele toma o cuidado de separar sua percepção particular da posição institucional do clube, que evita se pronunciar oficialmente neste sentido.

A reclamação de Kalil tem muito a ver com as circunstâncias. A Venezuela vive crise econômica, social e humanitária, o que torna uma viagem ao país especialmente complicada. Há escassez de alimentos, quedas de energia, falta de combustível e inflação anual na casa dos milhões, o que faz os preços subirem todos os dias. Tentando se proteger, o Corinthians deve repetir a estratégia usada na visita de 2018 e levar na bagagem tudo o que precisar consumir nos dias em que estiver no país.

Fato é que o Corinthians deve ter dificuldades para se locomover à Venezuela. Há consenso sobre a necessidade de fretar um voo, mas em dez dias o clube ainda não encontrou uma companhia aérea interessada em fazer este trecho.

Não está descartado um voo comercial, mas a viagem seria tão longa que tal opção só entra em avaliação em caso de emergência. Apenas uma empresa aérea ainda sai de São Paulo em direção a Caracas, e no melhor dos casos a viagem dura 10 horas -algumas opções levam até 32 horas.

Clubes brasileiros recentemente estiveram na Venezuela, não sem grande desgaste. O Atlético-MG, por exemplo, perdeu longas horas em uma escala no Panamá antes de visitar o Zamora. Semanas antes, o Cruzeiro havia saído do Brasil 55 horas antes de a bola rolar para o jogo contra o mesmíssimo Deportivo Lara, adversário do Corinthians.

Os times se enfrentam às 19h15 (de Brasília) desta quinta, na Arena Corinthians, pela partida de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana. A volta será às 17 horas da quinta-feira que vem (30), no Estádio Metropolitano de Lara.

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