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Palmeiras promete excluir quem expulsou torcedores do estádio no domingo

De acordo com o clube, "estádio de futebol é, essencialmente, um espaço democrático, um lugar onde todos deveriam ser bem-vindos independentemente da camisa que vestem ou da forma como torcem e se expressam"


Por Estadão Conteúdo Publicado 03/12/2019
Cesar Greco/Agência Palmeiras

O Palmeiras divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (3) informando que abriu uma investigação para identificar os autores dos casos de discriminação ocorridos no Allianz Parque, no último domingo (1º), na derrota para o Flamengo por 3 a 1, pelo Campeonato Brasileiro. De acordo com o clube, “estádio de futebol é, essencialmente, um espaço democrático, um lugar onde todos deveriam ser bem-vindos independentemente da camisa que vestem ou da forma como torcem e se expressam”, disse trecho do documento.

Duas situações diferentes foram flagradas pelos próprios torcedores e pelas câmeras de TV nas arquibancadas. Um vídeo mostra torcedores do Palmeiras constrangendo e ameaçando dois homens na arena por não estarem com camisas do clube. Os agressores suspeitavam que eles fossem flamenguistas. Um dos ameaçados é o ex-jogador Diego de Jesus Lima, o Lima, que jogou por vários clubes do Nordeste. Ele hoje atua na várzea e desenvolve o projeto social “Cambalhota de Guaianases”. “Esses caras que fizeram isso com a gente são covardes. Não representam o Palmeiras de verdade”, escreveu Lima nas redes sociais.

Em outro episódio, alguns torcedores alviverdes retiraram do estádio o palmeirense Edílson, de cerca de 70 anos, que, insatisfeito com o desempenho do time, passou o primeiro tempo em silêncio lendo um livro na arquibancada.

“Estádio de futebol é, essencialmente, um espaço democrático, um lugar onde todos deveriam ser bem-vindos independentemente da camisa que vestem ou da forma como torcem e se expressam. A Sociedade Esportiva Palmeiras não compactua e não aceita quaisquer atos de intimidação, intolerância e discriminação em nossa casa. Os episódios do último domingo (02), em que espectadores foram coagidos a deixar o Allianz Parque por não seguirem um padrão de comportamento imposto de maneira autoritária, não refletem a história agregadora da nossa instituição”, afirmou a nota oficial.

“Assim que tomamos conhecimento dos fatos, abrimos investigação para identificar os autores desses lamentáveis casos de violência que em nada contribuem para o bom convívio em sociedade. Se os responsáveis constarem do quadro de sócios Avanti do Palmeiras, serão sumariamente excluídos do programa. O respeito ao próximo é o mínimo que se espera em qualquer ambiente, ainda mais em uma praça esportiva”, concluiu o clube alviverde.

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