Trânsito na Esplanada é bloqueado para julgamento do habeas corpus de Lula no STF
Para evitar conflitos, Secretaria de Segurança Pública fará divisão do gramado central da Esplanada
POLÍTICA
Os bloqueios foram montados à meia-noite, fechando o Eixo Monumental na altura da Catedral Metropolitana. Quem estiver descendo pela via rumo ao Congresso terá de virar à direita, pegando o acesso à L2 Sul. Durante todo o dia, os dois sentidos do Eixo Monumental seguirão interditados da Catedral até o Balão do Presidente.
Gramado repartido
Outra medida adotada pela Secretaria de Segurança Pública foi a divisão do gramado central da Esplanada dos Ministérios por uma grade de 1,20 metro de altura. Prédios localizados na área central do Plano Piloto também receberam cercas para impedir o acesso de pedestres:
- Congresso Nacional
- Palácio do Planalto
- Ministério da Justiça
- Itamaraty
- Supremo Tribunal Federal
- Praça dos Três Poderes
O gradeamento – usado pelas forças de segurança do Distrito Federal em outras ocasiões, como no processo de impeachment de Dilma Rousseff – foi empregado para separar grupos de manifestantes que devem acompanhar o julgamento no STF. As vias serão liberadas somente após a dispersão total do público.
De acordo com a Secretaria de Segurança, as pessoas que são contra a concessão do habeas corpus deverão ficar à direita da Esplanada, com concentração no Museu Nacional. Aquelas favoráveis à liberdade de Lula ficarão à esquerda, com o Teatro Nacional como ponto de apoio.
O limite de acesso dos manifestantes será a Alameda das Bandeiras. Itens como balões e bonecos infláveis não poderão entrar na área da Esplanada.
Na altura da Catedral, a Polícia Militar vai montar uma linha de revista para impedir que os participantes dos protestos acessem a Esplanada com objetos proibidos – a lista também inclui fogos de artifício, armas, facas e produtos inflamáveis.
Habeas corpus
O STF vai julgar, nesta quarta-feira (4), o habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do triplex em Guarujá, a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado. A defesa de Lula argumenta que, segundo a Constituição, o reú só pode ser preso após transitado em julgado, quando não cabe mais nenhum recurso.